Leão-Baio é avistado no Morro da Igreja em Urubici
O avistamento destaca a saúde do ecossistema local
• Atualizado
Um puma, popularmente conhecido na Serra Catarinense como Leão-Baio, foi avistado nesta segunda-feira (04), na região do Morro da Igreja, próximo ao Mirante com vista para a Pedra Furada, no Parque Nacional de São Joaquim, em Urubici. Esse avistamento é um indicativo positivo da saúde do ecossistema local e do sucesso das iniciativas de preservação da fauna na região.
Paulo Santi, chefe do Parque Nacional de São Joaquim, comentou sobre a importância do aumento da população de pumas na Serra Catarinense. “Temos notado um aumento dos avistamentos dessa espécie tímida e reservada, que habita toda a América, do Sul ao Norte. Isso está diretamente relacionado à ampliação das áreas indenizadas na unidade de conservação, o que aumenta o território necessário para a sobrevivência da espécie”, afirmou.
O puma, uma espécie ameaçada de extinção, requer grandes áreas para se reproduzir e sobreviver. Paulo destaca que a presença desse animal no Parque é um sinal de que as ações de conservação estão dando resultados. “É gratificante observar essa espécie dentro do parque, pois isso representa o sucesso da preservação na área”, completou.
Embora o avistamento tenha gerado curiosidade entre os visitantes, Paulo assegurou que o puma não costuma apresentar risco para os humanos. “Essa espécie é muito tímida e raramente ataca. Quando avistado, como no vídeo registrado, o animal tende a se retirar. O perigo de ataques é muito baixo”, explicou.
Sobre recomendações, o chefe do parque aconselha que, caso alguém veja um puma, deve manter distância e não tentar se aproximar ou alimentar o animal. “O melhor é observar de longe. Aproximar-se pode tornar o animal mais agressivo, enquanto que, naturalmente, ele se afastará do local”, orientou.
Esse avistamento reforça a importância do turismo de observação de fauna na região, que pode contribuir para o aumento do turismo de aventura e a valorização das iniciativas de conservação. Experiências semelhantes em países como o Chile mostram que a conservação de áreas naturais pode impulsionar significativamente o ecoturismo.
Matéria em colaboração com a repórter Letícia Meurer, da Gralha FM.
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