Encontro reúne prefeitas e gestoras em Lages para fortalecer a representatividade feminina
O seminário debate a participação feminina na gestão municipal
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A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) realiza nesta quarta-feira (12), o Encontro do Movimento de Mulheres Municipalistas Catarinenses (MMMC). O evento, que acontece em Lages, reúne prefeitas, gestoras, lideranças e mulheres que atuam na administração pública de Santa Catarina para debater o fortalecimento da representatividade feminina na política e a construção de políticas públicas voltadas para as mulheres.
Criado em 2021, o MMMC tem sido um importante instrumento de ampliação do debate sobre a participação feminina na gestão municipal. A iniciativa busca promover a troca de experiências, o fortalecimento de redes de apoio e a busca por soluções conjuntas para os desafios enfrentados no dia a dia da administração pública.
O encontro será realizado no auditório da Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense), e conta com painéis temáticos e debates sobre o protagonismo feminino na política, além de discussões sobre os desafios e oportunidades para mulheres que ocupam cargos de liderança nos municípios.
Na Serra Catarinense, seis mulheres comandam suas cidades como prefeitas: Helena em Bom Retiro, Sadiana Melo em Capão Alto, Lúcia Ortiz em Correia Pinto, Carmen Zanotto em Lages, Tainara Raitz em São José do Cerrito e Cristiane Muniz em Urupema.
A comentarista política do SCC/SBT e SCC10, Sol Urrutia estará em Lages para fazer a cobertura jornalística do evento.
- PROGRAMAÇÃO MMMC
- 08h00 – Credenciamento
- 09h00 – Abertura
- 09h30 – Apresentação Institucional FECAM
- 09h45 – Movimento Municipalista e a Inserção das Mulheres
- 10h30 – Mesa Redonda 01: Da Urna ao Poder: A Força das Mulheres na Política
- 12h00 – Intervalo
- 13h30 – Mesa Redonda 02: De Mulher para Mulher: A Força da Representatividade na Gestão Pública
- 15h00 – Mesa Redonda 03: Gestão com Propósito: O Papel das Prefeitas na Transformação dos municípios catarinenses
- 16h00 – Mesa Redonda 04: Comunicação Estratégica na Política: Construindo Conexões com a Sociedade
- 17h00 – Coffee de encerramento
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Coluna Sol Urrutia
Representatividade feminina pauta agendas em março
O mês de março será marcado por diversas agendas focadas no fortalecimento de políticas públicas voltadas para a mulher. Em um estado que ainda precisa evoluir na representatividade política feminina, a pauta é mais do que necessária.
Em Santa Catarina, a última eleição municipal garantiu um aumento de 22% no número de prefeitas, passando de 32 para 39. 13,2% do total de líderes dos executivos municipais. Nas Câmaras de Vereadores, o número subiu de 531 para 577, um crescimento de 9%.
Embora os aumentos representam um pequeno avanço na história da representação feminina catarinense, em 31 cidades os eleitores não elegeram nenhuma mulher para os cargos de vereadora, prefeita ou vice.
No Parlamento estadual, somente três das 40 cadeiras são ocupadas por mulheres e na Câmara, 5 das 16 vagas.
Discutir e aprofundar os modelos de participação da mulher na política catarinense e nacional é fundamental para garantir que a formulação, fiscalização e execução das políticas públicas tenham de fato uma participação representativa da sociedade.
Neste mês da mulher, o governo do Estado sob a liderança da vice-governadora Marilisa Boehm (PL), além de uma série de ações programadas, vai lançar o Edital para elaboração do Plano Estadual de Políticas para as Mulheres. Uma plano de diretrizes para o avanço efetivo da promoção de igualdade de gênero e atenção às políticas públicas voltadas para as mulheres.
Em Lages, cidade que pela primeira vez é comandada por uma mulher, a prefeita Carmen Zanotto (Cidadania), a Fecam realiza no próximo dia 12 o Encontro do Movimento de Mulheres Municipalistas Catarinenses (MMMC).
Além de prefeitas, o evento reunirá também gestoras, lideranças e mulheres que atuam na administração pública. A iniciativa busca promover a troca de experiências, o fortalecimento de redes de apoio e a busca por soluções conjuntas para os desafios enfrentados no dia a dia da administração pública.
Se por uma lado as agendas dão protagonismo aos trabalhos e esforços para ampliar a representação de mulheres em todos os níveis de representação política, por outro é preciso ampliar o chamado para que os homens também sejam protagonistas destas discussões.
Ao final, não é voto da mulher que vai mudar os números atuais e sim o despertar de toda a sociedade para a importância de uma massa política de fato representativa. Precisamos ir além e precisamos ir juntos.
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