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Fênomeno climático

‘Célula convectiva explosiva’ pode ter atingido Lages; entenda

Cerca de 4.226 raios foram registrados durante o evento climático

• Atualizado

Carolina Sott

Por Carolina Sott

Foto: Carlos Kist/MetSul
Foto: Carlos Kist/MetSul

A tempestade que deixou um rastro de destruição em Lages, na terça-feira (21), pode ter sido ocasionada pela formação de uma ‘célula convectiva explosiva’ com mais de 4 mil raios registrados. As informações foram confirmadas pelo meteorologista Piter Scheuer e pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT).

Em pouco mais de duas horas, das 18h15min até às 20h30min, foram registrados 4.226 raios, um número considerado alto pelo ELAT, que atua com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dos raios, 400 tocaram o solo, já as outras descargas elétricas se concentraram nas nuvens carregadas, conforme informou o grupo à reportagem da Rádio Clube de Lages.

O alto número de raios foi ocasionado pela formação de uma célula explosiva de convecção, como explica o meteorologista Piter Scheuer. ”Teve muita chuva, trovoada, raio, granizo, ventania, tudo que tinha direito, mas com muita atividade elétrica. Isso se deve por conta do calor associado à alta umidade, o que promoveu a formação de uma célula explosiva de convecção com todos esses elementos na região”, disse Piter.

Cerca de 10 mil unidades consumidoras ficaram sem energia

Durante a tempestade, cerca de 10 mil unidades consumidoras ficaram sem energia na noite de terça-feira, em Lages. Diversos bairros da cidade serrana foram afetados e gerou uma apreensão com a interrupção do serviço e a quantidade de raios registrada.

Segundo a gerente regional da Celesc, Vanessa Salvatti, alguns conectores da rede partiram com a tempestade e derrubaram o alimentador de Lages durante a tempestade. Segundo ela, por volta das 21h, a energia já havia sido restabelecida em grande parte da cidade.

Defesa Civil registrou ventos de até 80 KM/H e alto volume de chuva

A Defesa Civil de Lages emitiu um relatório que indicou ventos de até 80 km/h, registro de granizo e alto volume de precipitação pluviométrica durante a tempestade de terça-feira. Choveu cerca de 32,68mm na região Leste do município, abrangendo alguns bairros como: Guarujá, São Sebastião, Jardim Cepar, Penha, São Miguel e proximidades, em um período de três horas. Já para as outras regiões o volume foi de aproximadamente 25mm. 

De acordo com o secretário executivo de Defesa Civil, João Eduardo da Silva Pacheco (Sargento Pacheco), o órgão de proteção realizou seis atendimentos. “Nosso relatório aponta 24 pessoas afetadas de alguma forma pela tempestade. Não precisamos locomover famílias e também sem a necessidade de ativação de abrigos. Seguimos com os trabalhos e a comunidade pode nos acionar em casos de emergência em qualquer horário. Registramos ainda algumas quedas de árvores e que já estão sendo retiradas pela equipe” disse o secretário.

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