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TENSÃO POLÍTICA

STF manda prender generais Heleno e Paulo Sérgio

Fontes do Exército confirmaram que a instituição já havia preparado celas no Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília

• Atualizado

Redação

Por Redação

STF manda prender generais Heleno e Paulo Sérgio | Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
STF manda prender generais Heleno e Paulo Sérgio | Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos nesta terça-feira (25) no âmbito da investigação que apura uma suposta trama golpista que teria buscado reverter o resultado das eleições de 2022. A movimentação ocorreu após a Justiça expedir mandados de prisão contra os dois ex-integrantes da cúpula militar do governo anterior.

Fontes do Exército confirmaram que a instituição já havia preparado celas no Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, para receber os generais. Os espaços contam com cama, banheiro e ar-condicionado. Dependendo de autorização judicial, podem incluir televisão e frigobar.

Condenação no STF

Heleno e Paulo Sérgio foram condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal por participação ativa no que investigadores classificam como um núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado. Segundo a Procuradoria-Geral da República, os militares integraram uma estrutura que buscava impedir a posse presidencial após o resultado das urnas em 2022.

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, recebeu pena de 21 anos de prisão. Já o general Paulo Sérgio, ex-ministro da Defesa, foi condenado a 19 anos. É a primeira vez na história do Brasil que generais são punidos dessa forma por envolvimento em tentativa de ruptura institucional.

Repercussão entre as Forças Armadas

A prisão dos dois oficiais de alta patente provoca tensão e constrangimento nas Forças Armadas, especialmente no Exército, instituição da qual ambos fizeram carreira. A preparação de celas dentro do próprio CMP demonstra uma tentativa de acomodação interna da situação, ainda que sob supervisão das autoridades judiciais.

A decisão reforça a gravidade das acusações e sinaliza que, mesmo no topo da hierarquia militar, não há exceção ao andamento das investigações sobre ataques ao Estado Democrático de Direito.

O contexto do caso

A prisão dos generais faz parte de um inquérito amplo que investiga a suposta organização criminosa envolvida na chamada “trama golpista” de 2022. O caso envolve militares, assessores e ex-integrantes do governo que, segundo a PGR, atuaram em núcleos de mobilização, comunicação e articulação jurídica para tentar reverter o processo eleitoral.

Ao todo, 24 militares do Exército foram indiciados na investigação, incluindo generais, coronéis e oficiais de outras patentes.

Próximos passos

Com o cumprimento das prisões, Heleno e Paulo Sérgio deverão permanecer, inicialmente, nas instalações preparadas pelo Exército. Dependendo das decisões judiciais futuras, poderão ser transferidos para unidades prisionais federais. A defesa dos dois deve recorrer das sentenças e contestar a legalidade das prisões.

O episódio deve continuar repercutindo politicamente e institucionalmente, reforçando o debate sobre o papel das Forças Armadas, os limites da atuação militar na política e a responsabilização de autoridades envolvidas em ataques à democracia.

*Com informações do portal Metrópoles


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