Servidora denuncia vereador por assédio em Chapecó; político nega acusação
A Comissão de Ética e Decoro Parlamentar irá investigar o caso
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A Câmara de Vereadores de Chapecó recebeu nesta semana uma denúncia de uma servidora contra o vereador Neuri Mantelli (PL). A mulher afirma ter sido assediada pelo parlamentar no dia 20 de março. A denúncia, protocolada na Câmara pela Procuradoria da Mulher, foi encaminhada com urgência para a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que irá investigar o caso.
O que diz o vereador sobre o suposto assédio
Em pronunciamento na tribuna livre, o vereador rebateu a denúncia. Segundo ele foi a própria servidora que iniciou a interação, que mais tarde foi denunciada. Ele ainda relatou que levou como brincadeira e seguiu o seu caminho. Segundo ele, existem testemunhas do fato e que podem aprovar a sua defesa. Assista ao pronunciamento completo.
Nesta quinta-feira (11), a assessoria do vereador divulgou uma nota oficial à imprensa. No comunicado ele ressalta que nunca se envolveu em qualquer tipo de comportamento inapropriado ou assédio sexual e disse que repudia as alegações.
Ele ainda condenou a conduta do presidente da Câmara, André Caetano Kovaleski, ao tornar pública a denúncia, que deveria ser mantida em sigilo. Ele contou que Kovaleski divulgou de forma impressa aos 21 vereadores da casa, todas em informações, juntamente com o seu nome, as informações sobre o suposto assédio sexual.
Em uma parte da nota ele ainda esclarece que nunca teve qualquer tipo de contato íntimo com a assessora que efetuou a denúncia.
Leia a nota na íntegra.
Procurado pelo SCC10, o vereador André Caetano Kovaleski pronunciou-se sobre o assunto.
Confira o pronunciamento do vereador
Eu recebi no gabinete da presidência um ofício oriundo da Procuradoria da Mulher, na Câmara de Vereadores de Chapecó, noticiando ocorrência de um suposto ato ilícito praticado por um vereador contra uma servidora, de imediato encaminhei a denúncia e a ata com as declarações da servidora para a comissão de ética e decoro parlamentar para que fizesse a análise e adotasse os encaminhamentos cabíveis sobre o tema. Esse assunto passou alguns dias sem discussão, sem nenhuma movimentação, mas na retomada das sessões, foi questionado pelo vereador Kleber Fossá em questão de ordem, solicitando informações se procedia à ocorrência de uma denúncia e quais os encaminhamentos que a mesa diretora adotou sobre o tema. Como penso que a transparência deve estar presente em todos os atos, eu acolhi a questão de ordem, esclareci a existência de uma denúncia e ofertei a todos os vereadores integrantes da Câmara uma cópia tanto da denúncia quanto da ata que subsidiavam os documentos entregues à comissão de ética para que os vereadores analisassem os documentos, cada um de forma individual. Não houve nada demais, a situação tornou-se pública com nomes em decorrência das manifestações formuladas tanto pelo vereador Fossá quanto pelo vereador Mantelli, eles acabaram tornando público os nomes das pessoas envolvidas, mas eu ressalto que a Câmara de Vereadores, na presidência, não emitiu nenhum comentário, nenhuma situação de análise sobre os fatos, apenas foram dados os encaminhamentos, garantido o cumprimento do regimento interno e assegurado a todos a lisura e transparência da análise desses fatos. Cabe agora à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar fazer as análises e adotar os encaminhamentos que entenderem pertinentes. A mesa diretora simplesmente garante o cumprimento da legislação e o equilíbrio e a igualdade de tratamento entre todas as partes e, sobretudo, garante a lisura e o devido processo legal a essa situação como um todo.
Assista a reportagem:
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