Saiba como votaram os senadores de SC sobre o aumento do IOF
Parlamentares catarinenses rejeitam reajuste e criticam uso do imposto como ferramenta de arrecadação
• Atualizado
Na noite desta quarta-feira (25), o Senado Federal aprovou, em votação simbólica, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 214/2025), que susta três decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsáveis por elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A decisão representou uma derrota significativa para o governo federal e reforçou a posição de grande parte do Congresso de que o IOF deve manter sua função regulatória e não ser utilizado como fonte imediata de arrecadação, especialmente com impacto direto sobre consumidores e pequenos negócios.
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A proposta já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados. Com a confirmação no Senado, os decretos presidenciais perdem validade.
Como votaram os senadores de Santa Catarina:
Esperidião Amin (PP-SC)
O senador se posicionou de forma firme contra o aumento do IOF. Em discurso, criticou o uso recorrente de tributos como ferramenta arrecadatória e citou o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira:
“O Brasil não suporta um aumento de imposto a cada 37 dias!”, destacou Amin.
“Por isso, votei contra o aumento do IOF!”, completou.
Para ele, medidas como essa penalizam os pequenos empresários e colocam em risco a estabilidade econômica do país.
Jorge Seif Filho (PL-SC)
O senador não participou da votação por estar em viagem oficial com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello. Em nota enviada ao SCC10, Seif esclareceu sua ausência e reafirmou sua posição contrária à medida:
“Estava em voo, retornando de uma série de agendas na Ásia, que trouxeram conquistas importantes para Santa Catarina. Desde que o governo apresentou esse decreto, temos trabalhado intensamente por sua derrubada, que onera a população em um momento delicado da economia brasileira.
A derrubada do decreto mostra que o Parlamento teve sensibilidade com quem mais precisa. A população está esgotada de novos impostos, e não permitiremos que a conta da má gestão fiscal do governo recaia sobre os brasileiros.”
Ivete da Silveira (MDB-SC)
A senadora votou contra o aumento do IOF, acompanhando a maioria dos colegas no Senado. A reportagem entrou em contato com sua assessoria de comunicação em busca de um posicionamento detalhado, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
O que é o IOF?
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal aplicado em operações como crédito, câmbio, seguros e negociações com títulos ou valores mobiliários. Tradicionalmente, o imposto tem caráter regulatório, sendo utilizado para controlar a oferta de crédito e o fluxo de capital no país.
Contudo, especialistas alertam para os riscos de se utilizar o IOF como ferramenta de arrecadação. Segundo analistas, isso desvirtua sua finalidade original e pode gerar efeitos negativos para a economia, especialmente para consumidores e pequenas empresas, que acabam arcando com o aumento da carga tributária.
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