Moraes retira sigilo da delação premiada de Mauro Cid
Até a publicação desta matéria, o documento ainda não havia sido disponibilizado no sistema da Corte.
• Atualizado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou nesta quarta-feira (19) o sigilo da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Até a publicação desta matéria, o documento ainda não havia sido disponibilizado no sistema da Corte.
No mesmo despacho, Moraes notificou Bolsonaro e outros 33 denunciados por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além da deterioração de patrimônio tombado. Caso a denúncia seja aceita pelo STF, todos se tornarão réus em uma ação penal.
A denúncia foi apresentada na noite de terça-feira (18) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Os acusados terão 15 dias para apresentar suas respostas à Procuradoria-Geral da República (PGR).
A defesa de Bolsonaro classificou a denúncia como “fantasiosa”, argumentando que ela se baseia exclusivamente no acordo de colaboração de Mauro Cid. Em nota divulgada na terça-feira, os advogados afirmaram que o ex-presidente “confia na Justiça” e acredita que a acusação não prevalecerá por sua “precariedade, incoerência e ausência de fatos verídicos que a sustentem perante o Judiciário”.
Com informações do Estadão.
Governador e deputados catarinenses repercutem denúncia de Bolsonaro
O governador Jorginho Mello (PL) e todos os deputados federais de Santa Catarina, do PL e do PT, foram às redes sociais para repercutir a denúncia de Jair Bolsonaro (PL), pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na noite de terça-feira, 18.
A guerra de narrativas aquece a polarização e a intolerância no debate que volta a ganhar protagonismo no cenário nacional e estadual. A denúncia da PGR, envolvendo Bolsonaro e seus aliados, passa a ser o fato político deste início de ano.
Os ataques aos princípios da democracia constitucional e à Constituição Federal são ilegais. Caberá agora ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se arquivar denúncia ou se os denunciados viram réus.
Entre os bolsonaristas, além de demonstrar fidelidade e apoio ao ex-presidente, os deputados de modo geral falam em “absurdo, perseguição e apontam que Bolsonaro está sendo vítima de ataque político”.
Jorginho Mello, que na semana passada esteve com o Bolsonaro reforçando lealdade, disse em postagem publicada nesta quarta-feira, 19, que em Santa Catarina “o compromisso com os valores que nos une é inabalável”, fazendo referência ao ex-presidente.
Coluna de Sol Urrutia.
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