Médicos atualizam sobre estado de saúde do Presidente Lula
Lula fez um procedimento cirúrgico de emergência para drenar uma hemorragia intracraniana
• Atualizado
A equipe médica que operou o presidente Lula na madrugada deste terça-feira (10) em São Paulo, disse, em entrevista coletiva que Lula não teve lesão cerebral, se alimenta normalmente e não terá sequelas.
O presidente deve receber alta no começo da semana que vem e já poderá voltar à Brasília para trabalhar normalmente, segundo a previsão dos médicos.
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Lula fez um procedimento cirúrgico de emergência para drenar uma hemorragia intracraniana, de cerca de 3 centímetros, resultado de um acidente doméstico sofrido em outubro deste ano.
A cirurgia durou cerca de duas horas, e o presidente chegou lúcido e orientado ao hospital. Lula está com um dreno acoplado à cabeça e deve permanecer por precaução, em observação na UTI, por 48 horas. O dreno pode ser retirado em até três dias.
O presidente sentiu dores de cabeça durante o dia em Brasília. Ele foi até o hospital Sírio Libanês na capital federal, onde fez exames.
A equipe médica orientou pela transferência do presidente para São Paulo, onde fez a cirurgia. Segundo a equipe o presidente realizou todo o percurso lúcido e conversando. A primeira-dama, Janja da Silva, viajou com o presidente.
“Lula não teve nenhuma lesão cerebral, não tem nenhum risco cerebral”, disse o neurocirurgião Marcos Stavale.
O médico indicou que o procedimento realizado pelo presidente se chama trepanação, onde é feito uma pequena perfuração no crânio, para retirar líquido entre a caixa craniana e o cérebro, no lado esquerdo.
*Com informações do SBT News.
O que é hemorragia intracraniana que levou Lula à cirurgia?
A hemorragia intracraniana é marcada por um sangramento que ocorre na parte de dentro do crânio.
“Trata-se de um sangramento dentro da caixa craniana, o osso da cabeça”, resume a neurologista Sheila Martins, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Pelas características do caso e as informações disponíveis, o mais provável é que o presidente esteja com uma hemorragia subdural”, avalia Martins, que também é chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Nesse caso, o acúmulo de sangue acontece na superfície do cérebro, no espaço que existe entre o órgão e aquelas camadas que protegem o sistema nervoso.
Já a Clínica Mayo, instituição de referências em pesquisa de saúde dos EUA, destaca que a hemorragia intracriana é marcada “por um acúmulo de sangue no crânio” e isso pode gerar uma espécie de pressão no cérebro.
“As causas mais comuns são rompimentos de vasos sanguíneos, mas o quadro também pode ser causado por pancadas na cabeça após quedas ou acidentes automobilísticos”, informa o texto.
*As informações são do BBC News Brasil.
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