Lula defende regulação das plataformas digitais em discurso na ONU
O discurso marca uma crítica ao panorama internacional
• Atualizado
Durante a abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra”. O discurso marca uma crítica ao panorama internacional, destacando desafios que o Brasil percebe para a ordem multilateral.
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Lula fez menção indireta às ações dos Estados Unidos, sem citar diretamente o presidente Donald Trump, ao condenar interferências externas nos assuntos internos do Brasil. Ele classificou como “inaceitável” a ingerência estrangeira, especialmente quando articulada com apoio de “falsos patriotas”.
Ele também comentou sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que o processo judicial transcorreu com amplo direito à defesa e ao contraditório. Para Lula, esse fato representa uma mudança histórica. “Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito“, disse.
O presidente brasileiro aproveitou o discurso para reafirmar que democracia e soberania são inegociáveis, dizendo que o Brasil seguirá “como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela”. Ele criticou, ainda, as “forças antidemocráticas” que, segundo ele, hoje atuam no mundo sufocando liberdades, exaltando violência, ignorância, milícias físicas e digitais, e buscando cercear a imprensa.
Outro alvo do pronunciamento foi o “tarifaço” imposto pelos EUA sobre produtos brasileiros, que Lula chamou de “chantagem econômica”.
Ainda falando de temas internacionais, ele cobrou que plataformas digitais sejam reguladas, para evitar que sejam usadas para disseminar intolerância, desinformação e violência. Defendeu leis que tratem do ambiente virtual com seriedade, garantindo que práticas ilegais no mundo real também não encontrem refúgio no digital.
Por fim, ele tocou no conflito em Gaza: Lula lamentou a ausência presencial da delegação palestina na Assembleia e afirmou que nada justifica o genocídio em curso, valorizando também a condenação dos atentados terroristas pelo Hamas.
*Com informações do SBT News
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