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COP26: texto final é aprovado em Glasgow

Pela primeira vez, combustíveis fósseis e seu papel na crise climática foram citados no documento

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Glasgow | Divulgação.
Foto: Glasgow | Divulgação.

A 26ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP26) aprovou neste sábado (13), em Glasgow, na Escócia, o acordo revisado pelos quase 200 países-membro. O texto foi amplamente discutido e, pela primeira vez, os combustíveis fósseis e seu papel na crise climática foram citados no documento. 

No entanto, o encerramento da cúpula foi marcado por muitas perguntas sem respostas e uma nítida divisão entre as nações participantes. Um dos principais pontos de discórdia da COP26 se refere a qual será a responsabilidade dos países desenvolvidos e de quanto será o financiamento pra que nações mais pobres e em desenvolvimento tornem suas economias mais limpas e se adaptem às mudanças climáticas.

O carvão vegetal tornou-se o grande impasse do dia. O texto final previa o fim da era da mais suja das fontes de energia nas próximas décadas mas, no último minuto, a decisão foi não por acabar, mas reduzir, depois de muita pressão da Índia, onde mais de 70% da energia vem da queima do carvão.

O impasse do carbono

Outro ponto discutido, e que ainda estava em aberto, foi em relação ao artigo 6º do Acordo de Paris, que se refere ao mercado de carbono. O impasse é sobre um acordo que já deveria ter sido cumprido desde 2020, segundo o qual o mundo desenvolvido deveria repassar 100 bilhões de dólares (R$ 544 bilhões) por ano para os mais pobres e em desenvolvimento. 

Países ricos fizeram muita pressão para que não saíssem de Glasgow com uma dívida ainda maior, mas prometeram dobrar a ajuda financeira aos mais pobres a partir de 2025. Além disso, nações desenvolvidas não concordaram em pagar pelos danos causados pela poluição que emitiram nas últimas décadas, mas aceitaram que é preciso abrir uma negociação nesse sentido.

Países pobres têm índices de poluição per capita menores que os dos países desenvolvidos. Além disso, têm pouca ou nenhuma responsabilidade pelas emissões de carbono feitas desde o início da era industrial. Ainda assim, alguns deles sofrem de forma mais intensa os efeitos das mudanças climáticas, como os países insulares do Pacífico ameaçados pelo aumento do nível dos oceanos.

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Por fim, também não houve o avanço que o Brasil queria no mercado de carbono, que permite que países que absorvem mais gás carbônico do que emitem, vendam o excesso para aqueles que não conseguiram cumprir suas metas.

Um dos pontos altos do chamado “Pacto de Glasgow” é que, já na próxima COP, no ano que vem, no Egito, os países terão que aumentar suas metas de redução nas emissões.

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