Conversas revelam ameaças a Moraes durante investigações da “Abin Paralela”
As mensagens, encontradas no inquérito da PF, envolviam o agente Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues
• Atualizado
Durante as investigações da “Abin Paralela”, a Polícia Federal (PF) descobriu conversas comprometedoras trocadas por aplicativo de mensagens que sugeriam ameaças ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As mensagens, encontradas no inquérito da PF, envolviam o agente Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues.
Em uma das mensagens, Giancarlo expressou: “Tá ficando foda isso. Esse careca tá merecendo algo a mais”, ao que Bormevet respondeu: “Só 7.62”, fazendo referência a um tipo de munição de fuzil. Giancarlo complementou com a expressão em inglês “Head shot”, que significa “tiro na cabeça”, termo utilizado em jogos online.
Além das ameaças explícitas, os dois discutiram também a possibilidade de um processo de impeachment contra Moraes, que é relator de importantes inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
Operação “Última Milha” desarticula núcleo da “Abin Paralela” em cinco estados
Na mesma quinta-feira (11), a quarta fase da operação “Última Milha” foi deflagrada com base nas investigações da “Abin Paralela”. A operação resultou na prisão de cinco suspeitos e no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP), todos expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes.
A “Abin Paralela” foi descrita como um núcleo criminoso dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responsável por monitorar ilegalmente celulares de autoridades, policiais, juízes e jornalistas considerados críticos ao governo Bolsonaro.
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