‘Caguei’, diz Bolsonaro sobre possível prisão por tentativa de golpe
A fala foi a primeira declaração pública de Bolsonaro desde que a PGR o denunciou ao Supremo Tribunal Federal
• Atualizado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre suposta tentativa de golpe de Estado. Durante um evento do PL em Brasília nesta quinta-feira (20), ele afirmou: “Caguei para a prisão”, e disse estar com a “consciência tranquila”.
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A fala foi a primeira declaração pública de Bolsonaro desde que a PGR o denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e participação em organização criminosa.
“O tempo todo, ‘vamos prender o Bolsonaro’. Caguei para a prisão”, disse ele durante o Primeiro Seminário Nacional de Comunicação do PL.
No discurso, Bolsonaro afirmou que “nada mais tem contra nós do que narrativas” e negou qualquer envolvimento em plano golpista.
A denúncia contra Bolsonaro ganhou ainda mais força após o STF retirar o sigilo de vídeos da delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Nos depoimentos, o tenente-coronel relatou detalhes do suposto plano de golpe e apontou diretamente para a participação do ex-presidente.
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Mauro Cid revela que Bolsonaro ordenou monitoramento de Alexandre de Moraes
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria ordenado o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo delação do tenente-coronel Mauro Cid.
A informação está na denúncia enviada ao STF nesta terça-feira (18) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta Bolsonaro como líder de uma organização criminosa com “projeto autoritário de poder” e “forte influência de setores militares”.
De acordo com a PGR, Cid confirmou que Moraes era monitorado e disse que as primeiras solicitações vieram de Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, denunciados por comandar a chamada Operação Copa 2022.
O plano visava “neutralizar” o ministro e gerar um cenário de instabilidade que incentivasse o Alto Comando do Exército a aderir a um golpe de Estado.
O próprio Cid teria pedido ao ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, para realizar o monitoramento. A denúncia aponta que Câmara teve “relevante contribuição” nas ações violentas do grupo.
“O monitoramento então foi solicitado pelo colaborador ao Coronel Marcelo Câmara, que era quem realizava essas operações”, diz um trecho da acusação assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet.
A PGR detalha ainda que a Operação Copa 2022 incluía a eliminação de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meios como explosivos, armas de fogo ou envenenamento.
Segundo a denúncia, o plano chegou perto da execução em 15 de dezembro de 2022, mas fracassou porque os envolvidos não conseguiram, na última hora, convencer o Comandante do Exército a apoiar a iniciativa.
*As informações são do SBT News e Estadão.
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