Bolsonaro diz que população tem direito de ir às ruas no 7 de Setembro
As declarações vêm em meio a um debate sobre a presença de policiais nas manifestações
• Atualizado
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu a participação de toda “a população brasileira”, incluindo “integrantes o Poder Executivo Federal” nos atos marcados para o 7 de Setembro. As declarações vêm em meio a um debate sobre a presença de policiais nas manifestações.
“Independência está associada à liberdade. Assim sendo, também no escopo dos incisos XV e XVI, do artigo 5º da nossa Constituição Federal, a população brasileira tem o direito, caso queira, de ir às ruas e participar dessa nossa data magna em paz e harmonia”, escreveu o presidente nas redes sociais. “O mesmo se aplica a todos os integrantes do Poder Executivo Federal que não estejam de serviço. Que a liberdade individual seja a máxima nesse marcante evento de nossa soberania”, acrescentou.
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Todas as polícias estão subordinadas ao Poder Executivo – seja ele Federal, no caso da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, ou estadual, no caso das polícias civil e militar. A presença de policiais, categorias que compõem a base eleitoral de Bolsonaro, nos atos tem sido debatida. Alguns governadores proibiram e ameaçaram punir os servidores que comparecerem às manifestações.
No Distrito Federal, a recomendação foi feita pelo Ministério Público e vale, inclusive, àqueles que pretendiam comparecer aos eventos à paisana. Já em São Paulo, o MP sugeriu à Secretaria de Segurança que use até a força para impedir a presença de policiais nos atos. Bolsonaro é esperado nas manifestações marcadas para as duas capitais.
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Em atrito com os outros Poderes da República, sobretudo com o Judiciário, Bolsonaro tem instado a militância a participar dos atos, os quais chegou a classificar de “nova Independência”. Em discurso após passeio motociclístico em Pernambuco, no sábado (4.set), falou em ruptura e disse que as manifestações servirão para colocar “no devido lugar” aqueles que não respeitam o povo — a quem chamou de “poder moderador” — ou “ousam não obedecer a Constituição”.
Em evento conservador em Brasília, também no sábado, o presidente já havia defendido explicitamente a participação de policiais nas manifestações. Na ocasião, chegou a chamar os governadores de “protótipos de ditadores”.
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