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Bolsonaro acompanha manifestações por telefone, de casa e com tornozeleira eletrônica

Impedido de sair aos finais de semana, ex-presidente monitora atos pró-Bolsonaro em sete capitais sob medida cautelar do STF

• Atualizado

Érik Borges

Por Érik Borges

Bolsonaro acompanha manifestações por telefone, de casa e com tornozeleira eletrônica l Foto: Reprodução / Redes sociais
Bolsonaro acompanha manifestações por telefone, de casa e com tornozeleira eletrônica l Foto: Reprodução / Redes sociais

Segundo a revista IstoÉ, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou neste domingo (3) de sua residência, em Brasília, as manifestações organizadas em sua defesa por apoiadores em diversas cidades do país. Como está proibido de sair de casa aos finais de semana, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro não pôde comparecer aos atos, mas teria acompanhado os eventos por mensagens e ligações de aliados.

De acordo com a IstoÉ, manifestações foram registradas em ao menos sete capitais: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Belém e Salvador. Os atos foram liderados por parlamentares do PL e líderes religiosos. Os organizadores usaram o slogan “Reaja Brasil”, com críticas ao STF, defesa da liberdade de expressão e pedido de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Segundo o Poder360, o ato em São Paulo, realizado na Avenida Paulista, contou com a presença do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), embora aliado do bolsonarismo, não compareceu por questões de saúde. Ele passou por um procedimento médico na tireoide na tarde deste domingo.

Ainda segundo a IstoÉ, no Rio de Janeiro, quem representou o ex-presidente foi o senador Flávio Bolsonaro, que discursou criticando o STF e dizendo que seu pai sofre perseguição política. Em Belém (PA), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve presente, falando em nome do PL Mulher.

Conforme reportagem do Campo Grande News, as manifestações são também uma resposta direta às últimas decisões do ministro Alexandre de Moraes, que determinou uma série de medidas cautelares contra o ex-presidente, incluindo uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar aos fins de semana, proibição de uso das redes sociais e de contato com outros investigados ou estrangeiros.

Segundo o The Guardian, o contexto internacional também elevou a tensão entre bolsonaristas e o Judiciário. Na última quarta-feira (30), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, e invocou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, sob alegação de violação de direitos humanos. A ação é vista por aliados de Bolsonaro como um gesto de apoio político em meio à pressão judicial no Brasil.

De acordo com o Poder360, a ausência física de Bolsonaro nas manifestações não impediu que seu nome fosse o mais citado pelos oradores. Aliados próximos disseram que ele “acompanhou tudo com atenção”, mesmo sem presença nas redes sociais. O ex-presidente também teria mantido contato limitado com familiares e aliados por telefone, dentro do que é permitido judicialmente.


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