Sol Urrutia

Primeira mulher comentarista política do grupo SCC SBT/SCC10. Jornalista especializada em gestão de comunicação pública e privada. Atua em comunicação política e eleitoral desde 2002.


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Donald Trump

Anúncio de Trump preocupa indústria catarinense e outros setores

A Fiesc divulgou nota sobre as medidas que preveem a imposição de tarifas de sobre importações de aço e alumínio

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Foto: Reprodução/X via SBT News
Foto: Reprodução/X via SBT News

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), divulgou uma nota na última semana ressaltando os anúncio do governo de Donal Trump sobre as medidas que preveem a imposição de tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio, além de prometer reciprocidade tarifária.

Segundo o economista-chefe da Fiesc Pablo Bittencourt, a decisão representa um cenário desafiador para o Brasil, podendo afetar diretamente a competitividade da indústria nacional.

Além das dificuldades no comércio exterior, a elevação das tarifas pode gerar impactos macroeconômicos, como a fuga de dólares e maior pressão inflacionária nos EUA.

Por outro lado, Bittencourt aponta que, caso o Brasil fique fora da lista de países tarifados, poderá identificar oportunidades estratégicas na disputa comercial global.

Segundo o economista, Trump ainda não informou quais países serão objetos das novas tarifas. “Se o Brasil não entrar, nossa condição de observador da guerra tarifária nos colocaria em posição de identificar oportunidades abertas pela perda de competitividade dos países tarifados. Enfim, semana de Trumplência à vista!”, destaca.

Durante evento em São Paulo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin disse à imprensa, nesta segunda-feira (10), que é preciso cautela e diálogo com relação às possíveis medidas. O governo federal deve aguardar a concretização, ou não, da imposição das tarifas.

O Brasil é grande exportador de aço, perdendo apenas para o Canadá em volume, mas o Canadá está com tarifas suspensas.

Em Florianópolis outra medida de Trump impacta serviços de enfrentamento ao HIV

Outra decisão de Donald Trump gerou impactos imediatos em Santa Catarina, especificamente mudanças na dinâmica de serviços de enfrentamento ao HIV na Capital. O republicano suspendeu o financiamento para o programa que promovia acesso a terapias antirretrovirais em mais de 50 países. No Brasil, Florianópolis era uma das capitais beneficiadas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a expressar preocupação com a medida que afeta mais de 30 milhões de pessoas, ao redor do mundo.

A decisão do presidente americano vem ao encontro de outras medidas anunciadas. Logo que assumiu, Trump assinou uma ordem executiva determinando a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os EUA eram os principais financiadores da instituição que é vinculada à ONU. Trump criticou a atuação da OMS durante a pandemia e rechaçou qualquer tentativa de manter os financiamentos.

Com o fim do financiamento para o programa que promovia acesso a terapias antirretrovirais, o programa “A Hora é Agora”, que fez de Florianópolis uma referência nacional, foi encerrado.

Conforme a prefeitura, mesmo com suspensão de investimentos ao programa, que foi comunicada pela Fiocruz, os serviços serão garantidos por meio de estratégias organizadas pela Secretaria de Saúde de Florianópolis.

O prefeito da Capital, Topázio Neto (PSD), entrou em campo após o anúncio da suspensão e afirmou que o município está trabalhando para a mitigação dos impactos da medida. 

“O enfrentamento ao HIV não pode sofrer interrupções, pois colocaria em risco a saúde de quem vive com o vírus, além de poder, influenciar na positivação de novos casos, coisas que a gente não quer que aconteçam. Essa é uma pauta da cidade, pois todos podem precisar do serviço um dia”, afirma.

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis informou que vem trabalhando as melhores alternativas para manter os serviços e que imediatamente após a suspensão, organizou uma análise detalhada dos eventuais impactos da medida e iniciou a elaboração de estratégias para evitá-los.

Uma das ações previstas é a contratação emergencial de médicos infectologistas, responsáveis pelo atendimento especializado às pessoas que vivem com HIV/aids. Além disso, enfermeiros e farmacêuticos devem ser convocados, mediante chamamento de profissionais via concurso.

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