Gustavo Maresch

Bacharel em Gastronomia e mestre em Turismo e Hotelaria. Atualmente é chef de cozinha do Kraft Wine Bar.


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Gustavo Maresch

Gran Mestri: uma empresa com sotaque catarinense e essência italiana

Conheça o que a empresa tem de melhor e veja dicas de preparo e harmonização com os queijos que compõem um mix de mais de 60 produtos.

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Foto Divulgação
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Localizada no Extremo-Oeste Catarinense, na cidade de Guaraciaba, a empresa Gran Mestri é uma das maiores fabricantes de queijos duros com qualidade do país. Uma empresa com conceito de “fábrica inteligente”, onde os processos produtivos estão baseados na conectividade tecnológica, cujo o saber-fazer trazido da Itália faz um elo entre a tradição e a modernidade. 

O moderno complexo instalado em Santa Catarina, torna o Parque Industrial Gran Mestri uma empresa referência no setor no país e na América Latina. Uma marca que mantém viva a cultura e a tradição italiana, no mais alto padrão de qualidade, mas com sotaque bem catarinense. Com centrais de distribuição nas principais capitais brasileiras, está disponível nos renomados centros de comercialização, em empórios gourmets, e ainda nos mais exigentes restaurantes espalhados pelo país. É uma marca com alto valor agregado e em ascensão no mercado.  

Paixão por empreender

São quatro décadas dedicadas à paixão de empreender no setor leiteiro, e o papel do visionário do fundador da empresa, Acari Luiz Menestrina, foi fundamental para o futuro promissor do empreendimento.  

Nascido na cidade de Rio dos Cedros, localizada no Médio Vale do Itajaí, em Santa Catarina, Menestrina é filho de pequenos produtores rurais descendentes italianos. Ele iniciou as atividades no agronegócio segurando o rabo da vaca para a avó tirar o leite. Sua formação no Curso Técnico em Agropecuária fez com que em 1976 chegasse a região do Oeste Catarinense como técnico agrícola e extensionista.

Com uma vasta experiência no setor leiteiro Menestrina contribuiu fortemente para o desenvolvimento da bacia leiteira do Extremo-Oeste catarinense. Trouxe matrizes de vacas leiteiras de origem estrangeiras, bem como importantes aquisições e implementação de maquinários modernos, e pioneiro na introdução da primeira pastagem de inverno. O empresário fundou também a empresa Cedrense, referência na área.

“A frente da Cedrense realizamos a devida preparação para aproveitar as oportunidades de mercado. Percebemos a saturação da produção de commodities e preparamos uma gestão de negócios para viver a realidade de uma tendência mercadológica: de produtos alimentares altamente diferenciados e com alto valor agregado”, comentou Menestrina. 

Os melhores produtos

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A marca Gran Mestri possui um mix de mais de 60 produtos, em 15 linhas de produção, fabricados sem conservantes. A base principal para todos os produtos é o leite de qualidade. A empresa está posicionada como sendo um modelo de sucesso, pois a fabricação de queijos finos e nobres, no mais alto padrão, conquistou o paladar do público mais exigente – de diferentes partes do país e até no estrangeiro. 

A receita de tradição milenar italiana na elaboração de queijos finos conta com o assessoramento de médicos veterinários, agrônomos e técnicos agrícolas. Todos, junto aos fornecedores da empresa, controlam cuidadosamente cada etapa de produção.   

Para garantir um padrão de qualidade europeu, foi realizada uma parceria com um especialista, o mestre italiano Luciano Magnoni, que foi o responsável por assegurar a originalidade e o sabor tradicional dos mais nobres queijos, desenvolvidos pela empresa Gran Mestri em solo catarinense.  

Linhas especiais

A empresa compreendeu ainda as novas transformações e atendeu às novas demandas de mercado, especialmente aquelas que se referem às restrições alimentares. A linha Zero Lactose é um sucesso, garantia de qualidade e sabor no mais alto padrão.

A marca conta ainda com uma linha Gourmet, que é direcionada aos paladares mais refinados, acostumados com um grau de exigência elevado em produtos utilizados para confeccionar os mais diferentes tipos de preparações das artes culinárias.   

A origem do famoso queijo Grana Padano

Há mais de mil anos os monges da Província da Padania, norte da Itália, produziam uma quantidade de leite superior às necessidades da população. Para conservar o leite excedente, os monges criaram um queijo de massa dura que, durante a cura, mantinha inalteradas as propriedades nutritivas do leite, conferindo ao queijo um sabor excepcional.

O queijo Tipo Grana 

Sua origem no nome é devido aos grânulos que são os cristais de cálcio que se formam ao longo do processo de maturação, quanto mais grânulos maior é a maturação do queijo. É o queijo indicado para inúmeros preparos especialmente no repertório de pratos da culinária italiana. Com o passar do tempo, o sabor doce e agradável tornou o queijo um ícone da gastronomia da Itália, ganhando notoriedade e fama ao redor do mundo. A empresa Gran Mestri vem produzindo o queijo tipo Grana em suas instalações dentro dos padrões estabelecidos conforme a origem. O período de maturação envolve um cuidado rigoroso, entre 12 a 24 meses.

Sua versatilidade de uso vai desde servir como aperitivo in natura ou ainda na elaboração de massas e risotos – como no famoso preparo do Risoto Milanês. Harmonizando ainda com o vinho da uva Malbec e o Tannat.

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Gorgonzola 

É um queijo Italiano tradicional, criado no vale do Rio Pó. Sua massa é caracterizada pela presença de “veios” azuis esverdeados, típicos da atuação do fungo Penicilluim quebradiça. Seu sabor é acentuado e único, utilizado na culinária em forma de molhos, mousses ou ainda como aperitivo. De formato em cunha, combina com tintos encorpados, como Merlot e Pinot Noir, e vinhos doces como Moscatel, Setúbal e Sauternes. 

Parmesão  

Queijo italiano originário da cidade de Parma, na região da Emilia Romagna, é um dos mais conhecidos do mundo. É feito de leite desnatado de vaca e guardado por pelo menos um ano para “curar”. Seu sabor é rico e picante, o que faz com que o queijo quebradiço seja indispensável em pratos como as massas e sopas, risotos e as famosas polentas.

O queijo é classificado como queijo semigordo, duro e de massa cozida, cujo sabor é forte, picante e agradável. Os queijos mais velhos e duros são bons para ralar, enquanto o parmesão mais novo é um excelente aperitivo. O formato disponível é cilíndrico alto, cunha e ralado. Harmoniza muito bem com vinho tinto maturado ou licorosos.

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Provolone 

É um queijo de origem sul-italiana, muito difundido em todo o mundo. É um queijo semiduro, de massa firme, densa e filada, ou seja, esticada e rejuntada assim que atinge o ponto de acidez. Normalmente é fabricado com leite gordo cru. Possui vários formatos. O mais comum é o longo cilíndrico, mas pode apresentar o formato de pera ou trança. É um queijo cuja maturação varia de 2 a 4 meses. Sua casca apresenta coloração dourada e sabor e aroma especiais, resultado de um processo de defumação, com raspa de madeira branca. O queijo pode ser comercializado fresco defumado, ou curado defumado.

O sabor é acentuado, harmonizado com vinho tinto encorpado, acompanhando peras d’água e cerejas. Também pode ser ralado, utilizado em molho quatro queijos, empanados fritos, ou em saladas.

Queijo Pecorino

Feito com leite de ovelha, é um excelente ingrediente utilizado na culinária italiana.

O queijo Pecorino Romano é o ingrediente indispensável para a elaboração do molho feito de emulsão, o famoso “Pesto Genovês”. Pode ser utilizado como um substituto do sal em diferentes preparações da arte culinária. Seu período de maturação é de 12 meses. 

O Pecorino Sardo é um queijo direcionado para realizar tábuas de queijos. Seu sabor amanteigado e marcante sugere um toque diferenciado aos acompanhamentos de saladas e legumes, além de ser excelente para finalizar vários pratos da cozinha mundial. 

Caccio Cavalo 

Originário da Itália Meridional, o queijo é um tipo de provolone, possui a mesma massa. Seu processo é idêntico, porém é mais magro. O sabor é um pouco picante e a maturação leva de 20 a 25 dias. Recebeu este nome pelo fato de as peças serem presas aos pares por um barbante, parecendo um casco de cavalo, e colocadas para secar “a cavalo”, numa vara de madeira. Possui formatos cuia, trança e espeto. Ideal para pratos quentes, pães e torradas. Harmoniza com vinho tinto seco. 

Queijo Montanhês 

É um queijo italiano de menor maturação, com sabor suave e maturação de 4 meses. Ideal para ser utilizado na elaboração de tábuas de frios e acompanhando com geleias. 

Foto Reprodução Instagram Gran Mestri

Requeijão Gran Mestri

Requeijão é um subproduto do queijo, fabricado a partir do soro extraído da coalhada. O leite utilizado em sua elaboração é o mesmo do queijo tipo Grana, conferindo assim um sabor e cremosidade e uma textura ideal para a culinária. Pode ser condimentado com ervas aromáticas, especiarias ou frutos. Deve ser consumido fresco. Pode ser utilizado como base na elaboração de patés ou na finalização de alguns pratos quentes.  

Manteiga

Desenvolvida especialmente para os apreciadores da boa manteiga, pelas mãos dos mestres italianos. Confere uma rica experiência de sabor, produto diferenciado para a utilização na culinária. 

Doce de leite 

O doce de leite Gran Mestri agrada aos paladares mais refinados. A receita uruguaia foi incorporada na produção trazendo um produto diferenciado às mais exigentes receitas. 

Os cortes dos queijos 

Foto Reprodução
  • Retangulares: podem ser cortados em fatias ou triângulos.
  • Quadrados: cortados em fatias longitudinais, divididas.
  • Piramidais: cortados em quartos iguais 
  • Cilíndricos: podem ser divididos em fatias pequenas.
  • Esféricos: cortados em quartos.
  • Cilíndricos baixos: cortes em forma de cunha.
  • Cilíndricos altos e grandes: cortes em forma de cunha.
  • Cilíndricos horizontais e grandes: cortado em fatias e posteriormente em pequenos triângulos.

Facas e utensílios adequados para servir queijos

Use uma faca para cada tipo de queijo. Esta precaução evita misturar, pelo contato, os sabores dos queijos quando apreciado numa tábua de queijos. É recomendável utilizar sempre facas de gume liso e nunca serrilha.  Para um queijo de pasta dura e semidura, o ideal é recorrer a uma faca de cabo duplo e de gume largo. Para um queijo de pasta mole, é apropriado usar uma faca de gume estreito ou até mesmo um fio especial para o corte. Uma dica: o queijo deve ser cortado no sentido do centro para a casca.

Festas de fim de ano com queijos

Uma tábua de queijos para as festas de final de ano é sempre uma preparação que agrada e surpreende a maioria dos convidados, além de ser muito prática e versátil do ponto de vista de uma preparação. A apresentação conjunta com uma variedade de queijos, de forma harmônica, com frutas frescas como morangos e uvas é uma ótima opção no verão brasileiro. Misturar uma variedade de azeitonas, sementes, como castanhas, nozes ou frutas secas pode transformar tanto a sua Ceia como a festa de Réveillon.

Foto Reprodução Instagram Gran Mestri

Os queijos harmonizam muito bem ainda com espumantes ou vinhos brancos em sua grande maioria. Pode-se acompanhar fatias de pão, mel e geleia de pimenta, a presença de alguns embutidos como Presunto Parma, ou uma copa levemente defumada vai muito bem. Decorar com flores naturais em cima de uma bela tábua de madeira é uma pedida para ter uma decoração harmoniosa. 

Dicas

  • Os queijos devem ser comprados na véspera.
  • Observe o prazo de validade e a consistência, que deve ser elástica ao toque, sem soltar soro.
  • Para melhorar conservar os queijos, mantenha-os sob refrigeração. Retire-os da geladeira uma ou duas horas antes de servir para que recuperem a textura e o sabor.
  • Evite congelar quaisquer tipos de queijos, isso interfere no sabor e aroma. Se o congelamento for necessário, prefira usá-los para fins culinários.
  • Queijos e vinhos formam um par harmonioso, assim como a variedade de algumas cervejas. Queijos fortes e picantes, vão harmonizar bem com vinhos tintos encorpados, por sua vez queijos de sabor leve, pedem vinhos leves, poucos encorpados. Na mesma via de regra serve para harmonizar com as cervejas.
Foto Gustavo Maresch

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