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Situação Crítica

Governador Carlos Moisés fala sobre ações para minimizar colapso na região Oeste

O Governo do Estado já realizou a instalação de um Centro Integrado de Operações para enfrentamento à Covid-19 em Chapecó e região.

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Foto: Prefeitura de Chapecó | Divulgação
Foto: Prefeitura de Chapecó | Divulgação

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, junto com o Comitê de Crise instalado em Chapecó, promovem uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (16), para abordar as ações para minimizar o colapso no sistema de saúde da região do Oeste. Participam da coletiva o governador, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e o chefe da Casa Civil, Eron Giordani, além do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, o superintendente do Ministério da Saúde em SC, Rogério Ribeiro e Mauro de Nadal, presidente da Alesc.

“Nós nunca vivemos o que estamos vivendo hoje, nos últimos 15 dias a situação se complica a cada minuto que passa”, afirmou o prefeito João Rodrigues sobre a situação do sistema de Saúde de Chapecó, durante a abertura da coletiva de imprensa. O prefeito destacou que no início da pandemia havia apenas 35 leitos para atendimento de pessoas com Covid-19, e no momento o município conta com 62 leitos de UTI especializados. “A vinda do governo do Estado não é apenas para apagar o incêndio mas para construir uma estrutura que nunca vamos deixar ser desestruturada”, disse o prefeito.

Pedido de vacinas

Além disso, João Rodrigues garantiu que a única solução para o problema é a vacinação. O prefeito de Chapecó solicitou informalmente ao Secretário Nacional o envio de 100 mil doses de vacina para o município. “A chance de chegar essas vacinas existe mas não é 100% certo. Quem não pede não ganha, mas se não vier 100, o que vier já ajuda”, afirmou João Rodrigues. Já o governo do Estado solicitou 75 mil doses diretamente para a região. Caso o governo consiga as doses, a vacinação seguirá o plano de vacinação estabelecido, vacinando os grupos prioritários.

Aumento e custeio dos leitos

Segundo o governador Carlos Moisés, a expectativa é que até sexta-feira (19) o Hospital Regional do Oeste (HRO) tenha mais 27 leitos de UTI, podendo chegar a 34 nas próximas semanas. Além disso, serão abertos cinco leitos de UTI Covid em Xanxerê. Os municípios da região, Xaxim, Ponte Serrada, Coronel Freitas, Cunha Porã, Nova Erechim, Faxinal dos Guedes e Palmitos, receberão 150 leitos clínicos para auxiliar na retaguarda dos atendimentos. “O Estado tem investido todo o seu esforço desde início da pandemia para controle na fiscalização de atividades, na restrição e na normatização como também no aporte de recursos financeiros”, afirmou o governador.

Moisés também garantiu que conseguiu junto ao Governo Federal o custeio de R$1.600,00 por cada leito de UTI implementados em SC entre o dia 1º de janeiro e 31 de março de 2021. Já o governo do Estado está disponibilizando R$ 90 milhões serão destinados para custeio de leitos de UTI para hospitais parceiros de SC.

Transferência de pacientes

Santa Catarina tem a disposição as equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Samu assim como o serviço aeromédico do Estado em caso de necessidade de transferência de pacientes de uma região para outra. Até o momento as equipes já realizaram a transferência de alguns pacientes dentro do Estado.

Ação regionalizada

Durante a coletiva, Moisés destacou a importância da ação regionalizada dos municípios para a tomada de decisão nas ações de enfrentamento a pandemia. “O estado dá todo apoio […] a ação regionalizada está de acordo com o decreto estadual, dessa forma as ações adotados pelos prefeitos mesmo que envolvendo restrições à órgãos estaduais e federais, serão acatadas pelo Estado”, disse o governador.

Quanto as medidas restritivas impostas até o momento, o governador afirmou que é necessária uma ação integrada entre os municípios, para que, agindo coletivamente as medidas não sejam extremamente restritivas.

“Se nós tivermos um pacto e tomarmos medidas restritivas em toda a região elas serão menos restritivas. Se nós tomarmos medidas muito restritivas apenas no município sede a população, dos demais municípios da região, irá superlotar as UTIs do hospital regional. Então nós adotamos uma medida regionalizada envolvendo todos os municípios, ela não precisa ser tão tensa, tão restritiva e assim nós começamos a controlar a situação. O que nós estamos fazendo desde o início é apertar e afrouxar, ou seja, nós adotamos a medida e depois flexibilizamos. Dessa forma, ao mesmo tempo que as pessoas são contaminadas, elas estão sendo imunizadas”.

Governador Carlos Moisés

“Ação rápida do Estado”

“No momento que percebemos um aumento nos casos nós solicitamos apoio ao Estado”, argumentou João Rodrigues. O prefeito afirmou que desde o primeiro momento o governo estadual esteve lado a lado com a administração municipal trabalhando para solucionar o problema do aumento de casos e a sobrecarga do sistema de saúde. O prefeito ainda destacou que foram enviados 25 respiradores para o município no último mês.

“Não será por falta de recursos que o governo de Santa Catarina deixará de atuar em Chapecó. […] Nós não viemos visitar Chapecó mas achar soluções práticas para a situação”, afirmou o governador durante a coletiva.

Ordem da vacinação

André Motta Ribeiro destacou que Santa Catarina segue o plano de imunização estadual, que é um espelho do nacional e que a determinação dos grupos prioritários é feita por especialistas levando em consideração os grupos com maior contato e com maior risco de sofrerem complicações. “Não cabe ao governador determinar que professores serão vacinados primeiro, é uma decisão tomada em conjunto entre governo federal, estadual e municipal”, disse o superintendente do Ministério da Saúde em SC, Rogério Ribeiro.

Agroindústria

Segundo o prefeito do município, hoje o local mais protegido contra a Covid-19 são as agroindústrias de Chapecó. “Está muito claro para quem nos acompanha, que o lugar mais protegido de Chapecó se tornou a agroindústria. O número de pessoas ligadas a agroindústria contaminadas é perto de zero. O protocolo é rígido”, finalizou João Rodrigues.


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