Dolmar Frizon

É colaborador da Fecoagro e editor-chefe do programa Cooperativismo em Notícia, veiculado pelo SCC SBT. Foi repórter esportivo por 22 anos.


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Dolmar Frizon

A nossa face, a verdadeira cara da agricultura catarinense

Santa Catarina: um estado que possui base econômica rural nas pequenas famílias de agricultores.

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Foto: Divulgação
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Do primeiro censo agropecuário feito lá no longínquo 1920 para o mais recente, o de 2017, lá se vão quase 100 anos. Do governo de Epitácio Pessoa, quando ainda se chamava Diretoria Geral de Estatística, e depois já como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), lá pelos anos 1940, o Brasil foi conhecendo a verdade do agronegócio.

Tido como “patinho feio”, de gente sem instrução, rude, mal cuidada, o censo foi mostrando uma classe empreendedora, bem formada, que no silêncio dos verdes campos foi ganhando espaço e notoriedade. O IBGE experimentou os tempos de guerras, problemas políticos, enfrentou a escassez de recursos e nunca deixou de mostrar a realidade desse setor tão crucial para o desenvolvimento do país.

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Dos tempos do lápis, caneta e prancheta, para o movimento tecnológico de hoje, a história desses 100 anos está escrita em letras de forma. Porque essa tal de internet, que o campo experimenta com total sabedoria, foi capaz até de medir os passos dos recenseadores. No último levantamento eles percorreram quase 18 milhões de quilômetros. Você sabe o que é isso? São mais de quatro vezes andando entre o Oiapoque, no Amapá, ao Chuí, no extremo sul gaúcho. É estrada hein, gente!

Santa Catarina das pequenas famílias de agricultores

E Santa Catarina, claro, também esteve no radar do IBGE. Aqui os recenseadores enxergaram um estado que possui base econômica rural nas pequenas famílias de agricultores. São mais de 50% nessa faixa de trabalho. Significa dizer que entre os estados do sul e do sudeste, Santa Catarina tem o maior percentual de pessoas nesse segmento. Dos 183 mil estabelecimentos rurais recenseados no estado, 143 mil pertencem à agricultura familiar. Isso representa 78% de toda a mão de obra.

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Mas em relação ao censo de 2006 houve queda de 9%. Mesmo assim é um setor que gera um valor bruto de produção que ultrapassa os R$ 20 bilhões. Mas se o número de pessoas ocupadas no agro caiu 12% nesses últimos anos, com parte da agricultura familiar perdendo terreno, outro número revela que esse pessoal pode ter subido de patamar. Porque os estabelecimentos não familiares ganharam mais 35 mil novos estabelecimentos.

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Pequenos, mas eficientes

Apesar de termos a terceira maior proporção do Brasil em produtores com idade avançada, entre 45 e 75 anos, temos também os mais instruídos e os que mais recebem assistência técnica. Acho que isso resume o fantástico potencial agrícola catarinense. Somos pequenos, mas eficientes.

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