Terceiro bloco do Ponto e Contraponto com Sérgio Januário e Alexander Santana
Programa discutiu as manifestações de 7 de Setembro e o momento político atual do Brasil
• Atualizado
Neste sábado (11), o jornalista e comentarista Prisco Paraíso recebeu e entrevistou no Ponto e Contraponto o mestre em Sociologia Política Sérgio Januário e o advogado Alexander Santana. Os convidados discutiram as manifestações de 7 de Setembro e refletiram sobre o momento político atual do Brasil.
“A Constituição não é só uma folha de papel, ela existe pra ser respeitada e portanto uma declaração do presidente dizendo que não vai cumprir uma determinada decisão é coisa séria e portanto é uma declaração que não cabe bem na boca do presidente. Até porque se o presidente não cumpre qualquer outro cidadão também pode se valer um exemplo”, afirmou o advogado sobre o posicionamento de Bolsonaro durante a manifestação em São Paulo. Na ocasião Bolsonaro disse que não respeitaria as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“A nossa constituição tem um espírito parlamentarista. Mas aí começa nosso problema porque nós temos um presidencialismo de coalizão onde não há coalizão mas há dependência e aí fica esse jogo pra lá e pra cá que a gente já viu mil vezes com todos os presidentes que passaram pós Collor de Mello. De outro lado nós temos uma constituição aparentemente cheia de buracos e mal costurada. Nós temos emendas a todos os gostos, a todos os sabores. (…) Então, se faz enxerto de tal maneira, que talvez a nossa constituição tenha perdido a identidade e fica essa confusão de três poderes a tentar digerir um estado em que as peças não se fecham”, ppontuou o sociólogo durante a conversa.
Alexander Santana discordou da fala de Januário, e explicou que no seu ponto de vista o poder de reformar a constituição e o poder de emendas é um poder necessário. “Se não tivermos emendas que que sobra? Sobra uma nova Constituição e uma nova constituição é o que? É mudar a regra do jogo e pra mudar a regra do jogo é guerra. O direito existe pra nos proteger da guerra. Sem constituição é guerra. É guerra civil, é as pessoas disputando. A constituição é o que nos segura e não podemos achar que ela pode ser mudada quando as regras são testadas, e nós temos que nos manter firmes a ela”, disse o advogado.
Confira a entrevista completa:
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