“Estamos com décadas perdidas em função de o País abrir a economia sem Reforma Tributária”, afirma Paulo Eli
Crise econômica causada pela pandemia e perspectivas futuras para empresas e negócios no Estado são destaques da edição
• Atualizado
A edição deste sábado (3), do programa Ponto & Contraponto, recebe o Secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, e o empresário Sérgio Rodrigues Alves, presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).
O jornalista e comentarista político Cláudio Prisco Paraíso conversou com ambos a respeito do cenário da economia de Santa Catarina em meio à crise mundial causada pela pandemia do novo coronavírus, além de perspectivas futuras para empresas e negócios no Estado.
Confira alguns trechos da entrevista:
Prisco Paraíso: Eu faria uma pergunta para os dois, cada qual vai fazer sua observação sobre aspecto público e privado. A economia de Santa Catarina reage muito bem, acima da média nacional, em um cotejamento com os demais Estados brasileiros. Quem é o maior responsável? É o governo ou é o setor produtivo?
Secretário Paulo Eli: “É o setor produtivo. O setor produtivo de Santa Catarina é muito competente, ele é muito organizado, são empresas tradicionais que viraram multinacionais e nós temos, na parte do Governo, a infraestrutura para oferecer para que o ambiente de negócios seja o melhor possível.
Existe um casamento entre Governo e sociedade, Governo e empresas e as empresas elas fazem a sua parte e o Governo também. Em função disso, nós temos uma uma explosão de negócios no Estado, vinda de várias empresas novas pro Estado e nós estamos a pleno emprego. De janeiro a abril nós geramos cem mil empregos, isso é resultado da parceria Governo e a iniciativa privada.”
Prisco Paraíso: A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina pensa assim?
Sérgio Rodrigues Alves: “Também pensa assim e acrescenta um item a mais. A importância do Governo acatando e aceitando as sugestões e todo aquele processo, que é natural no desenvolvimento econômico, para crescermos cada vez mais, termos o apoio do governo juntamente com o setor produtivo.”
Prisco Paraíso: O Bloco X entra nesse contexto?
Sérgio Rodrigues Alves: “Entra. E aí eu gostaria de fazer uma referência e um agradecimento ao secretário Paulo Eli pela sensibilidade que ele teve de atender ao pleito. Em um momento difícil da da pandemia, em que o Governo do Estado, apesar da importância que existe no Bloco X – eu reputo de muita importância pro controle da movimentação da mercadoria que entra, com a mercadoria que sai. Então, o Bloco X, é inquestionável a importância dele para o controle da movimentação.”
Prisco Paraíso: Coibe também a sonegação?
“Sem dúvida, para isso que ele tem o controle das duas pontas. Mas, neste momento, o que o setor produtivo, o que é que nós estamos buscando em razão da panemia? Aliviar custos. E isso foi uma forma de também ajudar aqueles setores que foram mais afetados em não ter esse custo nesse momento. Lá na frente, quando entrar numa normalidade, você retoma.”
Prisco Paraíso: Então, se praticou o gesto?
Sérgio Rodrigues Alves: Se praticou o gesto e foi muito bem atendido.
Prisco Paraíso: Também nesse contexto do Bloco X, entra o aspecto da organização das próprias empresas, não é secretário?
Secretário Paulo Eli: “Sim, a a formalização da economia, ela é necessária em função do mercado concorrencial que exige cada vez mais concorrência limpa. Então, cada empresa que monta o seu negócio, em função da enormidade de itens que ele vende, por exemplo, um pequeno mercado tem oitenta mil itens. Isso não faz sem controle, sem um controle de estoque, um controle fiscal. Então, há necessidade da automação comercial. Então, esse processo de parceria entre a Secretaria da Fazenda e o Governo do Estado e as entidades faz com que a gente vá caminhando; caminhando para a formalização e para evitar a concorrência desleal.”
Confira a entrevista na íntegra:
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