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Fiscalização do uso de agrotóxicos

Plataforma permite rastreio e monitoramento sobre a procedência dos alimentos vegetais

A ferramenta chamada de E-origem consiste em um software disponibilizado de forma gratuita pela Cidasc aos agricultores cadastrados como produtores rurais.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

A Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) de Blumenau, por meio da Diretoria de Desenvolvimento Rural, com parceria da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) estão fomentando um projeto inovador, que permitirá ao consumidor final e também aos órgãos reguladores fazer o rastreio da produção vegetal na cidade, como hortaliças, grãos e frutas.

A ferramenta chamada de E-origem consiste em um software disponibilizado de forma gratuita pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) aos agricultores cadastrados como produtores rurais. Esta plataforma permite a eles documentarem todo o processo, desde o plantio até a colheita. Por meio de um leitor QR-Code, os órgãos reguladores podem rastrear todo o ciclo e inclusive fiscalizar o uso de agrotóxicos, enquanto o consumidor final conseguirá conhecer a origem do alimento e por quem ele foi cultivado.

Primeiro casal a utilizar a plataforma em Blumenau

Em Blumenau, no bairro Itoupava Central, encontra-se o primeiro casal de agricultores a fazer uso da plataforma do E-origem. Há dois anos como feirantes da Feira Livre, Maris Passold Gruenke e Fred Werner Gruenke comercializam vários vegetais produzidos na propriedade do casal, entretanto, o morango é primeiro alimento que eles conseguiram inserir no programa de rastreio.

“Além de documentar todo o processo de cultivo no Caderno de Campo, o cuidado e o investimento em estufas e abrigos é maior, e por isso iniciamos apenas pelos morangos, mas a tendência é com o tempo inserir outras variedades de frutas e legumes também”, afirma a agricultora e feirante.

Segundo a produtora rural, além do consumidor final, o produtor também sai ganhando com a utilização do programa, pois trata-se da credibilidade e reputação com os clientes. Maris acredita que não há certificação maior do que a fidelidade e a confiança dos compradores, ao saberem da procedência dos alimentos que eles estão adquirindo.

O objetivo da Epagri e da própria Semmas com o projeto é de que o programa E-origem se expanda para que outros produtores rurais possam migrar ao sistema de rastreio, inclusive os agricultores que fornecem alimentos ao Programa Nacional de Alimento Escolar.

Segundo o secretário da Semmas, Éder Boron, o intuito do programa é aumentar a segurança, principalmente no que tange a alimentação saudável. “O modelo que vimos do casal de produtores de morango no bairro Itoupava Central é o exemplo que queremos para os demais produtores rurais. Quanto maior for a transparência sobre a procedência do vegetal, mais qualificada será nossa alimentação”, avalia.


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