O que é a DeepSeek? IA barata da China desafia ChatGPT
O nome da empresa foi parar no Google Trends no Brasil
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A DeepSeek, uma pequena startup chinesa de inteligência artificial (IA), virou um dos temas do dia ao ter o assistente de IA bem avaliado na Apple App Store dos Estados Unidos, superando o ChatGPT, da OpenAI. O nome da empresa foi parar no Google Trends no Brasil.
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Os modelos – chamados R1 e V3 – oferecem custos significativamente mais baixos pela eficiência. Isso desafia os líderes do setor, como OpenAI, Alphabet (Google) e Meta, levantando dúvidas e preocupações entre investidores das big techs.
O impacto foi sentido nas bolsas de valores ao redor do mundo. A Nasdaq registra quedas nas ações das gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, como Alphabet, Microsoft e Meta, nesta segunda-feira (27). Na Europa, o efeito foi semelhante.
Na Ásia, o banco japonês SoftBank, que integra o projeto Stargate, anunciado de IA por Donald Trump na semana passada, também registrou queda de 8% nas ações listadas na Bolsa de Tóquio.
O avanço do projeto chinês, que usa chips mais baratos, também desafia a valorização das fabricantes de semicondutores – o que afetou diretamente a Nvidia, resultando em perda de valor de mercado.
O que é a DeepSeek?
A DeepSeek é uma startup de inteligência artificial (IA) fundada em 2023 pelo engenheiro Liang Wenfeng, de 40 anos, em Hangzhou, na China. Em dezembro, a empresa lançou um modelo de IA desenvolvido em código aberto.
A IA se destacou pelo baixo custo de desenvolvimento de seu grande modelo de linguagem (LLM), superando o desempenho do Meta AI (Meta), ChatGPT-4o (OpenAI) e Claude Sonnet 3.5 (Anthropic).
O relatório técnico do primeiro modelo, o DeepSeek V3, credita seu desenvolvimento a uma equipe de 150 pesquisadores e engenheiros chineses, além de 31 especialistas em automação de dados.
Segundo o jornal South China Morning Post, a startup é financiada pelo fundo High-Flyer Quant, que administra cerca de US$ 8 bilhões em ativos e foi fundado pelo próprio Wenfeng.
Menos é mais
Segundo a DeepSeek, excluindo os custos com pesquisa e desenvolvimento, o treinamento do modelo R1 custou US$ 5,6 milhões.
Como comparação, a Anthropic, dona do chatbot Claude, empresa norte-americana que recebe investimentos da Google, Microsoft e Amazon, gastou entre US$ 100 milhões e US$ 1 bilhão para realizar um treinamento similar.
A DeepSeek informou, em um relatório técnico, que utilizou 2 mil chips da Nvidia para treinar seu modelo V3, enquanto as IAs concorrentes empregam dezenas de milhares de chips mais modernos.
A IA chinesa demonstra que não é necessário utilizar chips extremamente avançados e caros para desenvolver uma inteligência artificial de ponta, evidenciando que as sanções dos EUA para restringir o acesso da China a chips e tecnologias avançadas podem ser ineficazes.
O Momento “Sputnik” da IA
O investidor de risco Marc Andreessen alerta que o DeepSeek V1 pode ser comparado ao momento “Sputnik” – referência ao satélite lançado pela União Soviética em 1957, ultrapassando os Estados Unidos.
Mostrando, assim, um avanço inesperado na tecnologia espacial, que alterou os rumos da Guerra Fria entre soviéticos e norte-americanos.
*Com informações do SBT News.
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