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Lages possui inovação tecnológica, geração de emprego e renda em um único local

Atualmente 34 empresas são acompanhadas pelo Orion Parque Tecnológico.

• Atualizado

Rádio Clube

Por Rádio Clube

Startup Scienco é a única no Brasil que produz e pesquisa para ajudar no diagnóstico de doenças diversas. Foto: Susana Küster.
Startup Scienco é a única no Brasil que produz e pesquisa para ajudar no diagnóstico de doenças diversas. Foto: Susana Küster.

Tecnologia e inovação. Palavras tão conhecidas e que carregam um significado imprescindível para o desenvolvimento. Para muitos empresários, o sucesso de um negócio está ligado a processos inovadores. A Serra Catarinense é a sede do primeiro espaço da rede de Centros de Inovação de Santa Catarina, o Orion Parque Tecnológico, que está na cidade desde 2016. 

É um polo da Associação Catarinense de Tecnologia, um lugar de passagem para startups e empresas novas no mercado de trabalho. Jessica Corso, gerente do escritório de projetos do Orion, explica quem pode fazer parte do sistema de inovação. “Todas empresas que possuem projetos inovadores podem fazer parte, independentemente do setor.”

Os editais oferecidos dão o prazo máximo de cinco anos para os negócios ficarem incubados. As empresas recém criadas ganham todo suporte para que sejam promissoras. E, os números da inovação impressionam. Em cinco anos, mais de 50 empresas e startups de diversos segmentos passaram pelo Orion. Só no ano passado, os empreendimentos que receberam suporte em consultoria, treinamentos e outros serviços do Orion faturaram mais de R$ 180 milhões.

Atualmente 34 empresas são acompanhadas pelo parque. Uma delas é a Scienco, que inovou produzindo insumos estratégicos para pesquisas relacionadas à evolução de tratamento de doenças. Hoje esse mercado é dominado pela importação. A empresa incubada em Lages é a única nacional que produz e pesquisa para ajudar no diagnóstico de doenças diversas. 

A necessidade de importar reagentes para tudo que se desenvolve na biotecnologia é prejudicial no desenvolvimento das pesquisas, pois se perde um longo tempo, além de gastar um bom dinheiro com taxas caras. Por isso, a startup Scienco, além de criar o insumo TMB, que compõem o teste Elisa usado para diagnosticar várias doenças, como toxoplasmose, Covid-19 e Aids, também criou outros insumos para contemplar todas as fases deste teste.

A empresa iniciou as atividades em 2016, porém com a pandemia do coronavírus, teve um grande impulsionamento na quantidade de insumos produzidos, além da criação de um teste de diagnóstico próprio para Covid-19. “Foi necessária uma força tarefa de todos pesquisadores da área da saúde, trabalhamos direto na produção de insumos”, comenta a pesquisadora da startup, Anelize Felício Ramos.

Scienco Startup
Devido a pandemia, a Scienco fez força tarefa com todos pesquisadores da área da saúde para produção de insumos. Foto: Susana Küster.

Imagens de satélite verificam se uma área pode ter incêndio, pragas e ataque de animais

Os serviços oferecidos pelo Orion atendem os mais variados segmentos. A Quiron começou a operar em 2018 e é outra startup incubada no parque tecnológico. É especializada no monitoramento remoto de ameaças florestais e uma das únicas startups do Brasil e do mundo que trabalha com algoritmos e sensoriamento via satélite para florestas, utilizando tecnologias para predição de incêndios e saúde florestal.

Com a tecnologia desenvolvida, a Quiron consegue monitorar áreas que possam ser afetadas por incêndios, doenças, ataques de animais e até pragas em plantações. Auxilia no trabalho dos bombeiros, que podem tomar atitudes preventivas aos incêndios evitando o fogo nas florestas e campos. Além é claro de produtores rurais, poderem agir antes da destruição de suas produções por pragas.

Sem esse sistema de monitoramento remoto é necessário ir até os locais, a Serra por exemplo, tem muitas áreas de difícil acesso, fazendo com que esse deslocamento não seja tão eficiente comparado ao uso da tecnologia, que permite a captação de imagens via satélite e algoritmos que podem detectar ameaças florestais.

O CEO da empresa, Gil Pletsch, fala com mais detalhes a importância disso. “Hoje nas florestas, o pessoal faz rondas que não são eficientes, pois são áreas grandes para monitorar. Nós conseguimos identificar se o local está suscetível a ataque de praga, doença e incêndio com sete dias de antecedência, analisando tudo com imagens de satélite usando dados da planta, relevo, vento, proximidade da presença humana e meteorologia.”

A Quiron, startup que nasceu em Lages, já monitora florestas no Brasil, Portugal e nos Estados Unidos. É a inovação serrana ganhando o mundo. Com os dados produzidos pela tecnologia criada pela empresa, o combate a incêndios e doenças em produções é efetivo. E isso não só evita prejuízos financeiros para empresas e governos, como também impede desastres que prejudicam o meio ambiente e a saúde humana. “O incêndio florestal é um grande gargalo para algumas regiões e representa bilhões de prejuízos financeiros.”

Quiron Startup. Foto: Susana Küster
Com os dados produzidos pela tecnologia criada pela empresa Quiron, o combate a incêndios e doenças em produções é efetivo. Foto: Susana Küster.

Parque Tecnológico oferece mentorias para a comunidade

O Orion Parque Tecnológico além de oferecer mentoria, estrutura física, capacitações e outros serviços para os empreendimentos que estão incubados, também possibilita a  qualquer empresário interessado mentorias e suporte minucioso no negócio. Uma empresa para ser promissora precisa ser planejada e estruturada. Jessica Corso, gerente do escritório de projetos do Orion fala sobre o processo de incubação da empresa no parque tecnológico. Para fazer parte é simples. “Basta ligar para cá e agendar uma conversa, que direcionamos o melhor programa ou projeto que possamos ter para estar auxiliando o desenvolvimento do processo.”

A estrutura desse ecossistema de inovação também possui um coworking que é um ambiente de trabalho que une profissionais para o compartilhamento de ideias e troca de experiências. Dessa forma, profissionais independentes podem trabalhar sem o isolamento de um home office. O Orion é o primeiro parque tecnológico de Santa Catarina, mas o governo está investindo na rede de inovação, hoje são 10 parques tecnológicos com previsão de inauguração de pelo menos mais cinco nos próximos meses.

Coworking Órion. Foto: Susana Küster
Orion Parque Tecnológico possui uma ampla estrutura, inclusive coworking. Foto: Susana Küster.

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