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Economia

Preços de medicamentos para hospitais caem 0,65% em novembro, diz Fipe

A variação no preço médio dos medicamentos encontra-se abaixo da variação acumulada do IGP-M, que ao longo da pandemia acumulou alta de 21,44%

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Fotos PIXABAY
Fotos PIXABAY

Os preços dos medicamentos para hospitais sofreram em novembro uma queda de 0,65% em relação a outubro, segundo o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo. Em outubro o IPM-H já havia registrado uma queda de 0,11% nos preços dos remédios.

O último resultado foi impulsionado pela variação negativa registrada no preço médio na maioria dos grupos de medicamentos, destacando-se aqueles atuantes sobre o aparelho cardiovascular (-5,69%), aparelho digestivo e metabolismo (-3,21%), sistema nervoso (-3,14%), preparados hormonais sistêmicos (-2,90%), sistema musculoesquelético (-2,77%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-2,40%), entre outros.

Comparativamente, a variação do IPM-H de novembro de 2020 foi inferior ao comportamento esperado já que o IPCA no mês passado subiu 0,89% e a inflação calculada pelo IGP-M/FGV, 3,28%. Além disso, o ligeiro recuo mensal captado pelo índice de preços de medicamentos para hospitais foi inferior à queda observa na taxa média de câmbio em novembro de 2020, de 3,70%.

A despeito dos resultados recentes, o IPM-H acumula uma alta de 10,64% desde o início da pandemia da Covid-19, superando nesse horizonte temporal o IPCA, que acumulou alta de 2,65%. Por outro lado, a variação no preço médio dos medicamentos encontra-se abaixo da variação acumulada do IGP-M, que ao longo da pandemia acumulou alta de 21,44% e também da taxa de câmbio no período, de 24,81%.

De acordo com os técnicos da Fipe, o comportamento do IPM-H durante a pandemia é explicado pela elevação no preço médio observada em quase todos os grupos, destacando-se as variações no preço médio de medicamentos atuantes no aparelho cardiovascular (52,06%), aparelho digestivo e metabolismo (49,39%), sistema nervoso (40,81%), sangue e órgãos hematopoiéticos (23,01%), sistema musculoesquelético (17,05%), entre outros.

“Em contexto, é possível atribuir esses aumentos a um ou vários dos seguintes fatores: choque positivo da demanda das unidades de saúde, desabastecimento do mercado doméstico, elevação do dólar e do preço de insumos, entre outros”, afirmam os técnicos da Fipe.

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