Pandemia causou incertezas na temporada de verão em SC
A dinâmica do setor teve mudanças expressivas em relação aos anos anteriores, conforme aponta a Pesquisa Fecomércio SC de Turismo de Verão no Litoral Catarinense 2021.
• Atualizado
A temporada de verão em Santa Catarina aconteceu em meio a um clima de incertezas quanto aos regramentos e restrições das atividades turísticas. A dinâmica do setor teve mudanças expressivas em relação aos anos anteriores, conforme aponta a Pesquisa Fecomércio SC de Turismo de Verão no Litoral Catarinense 2021.
Os dados foram apurados de dezembro a fevereiro em São Francisco do Sul, Balneário Camboriú, Florianópolis, Imbituba e Laguna, com 893 turistas e 553 empresários.
“O setor foi um dos mais afetados pelas medidas impostas pela pandemia. Para um estado que tem no turismo de sol e mar um dos seus principais atrativos e um histórico de ocupação hoteleira acima de 80% no verão, o impacto foi significativo, com queda brusca no volume de visitantes. A pesquisa, porém, mostra reflexos positivos da temporada no caixa das empresas, com alta de 28% no faturamento em relação aos demais meses do ano. Estamos atuando para reverter as perdas acumuladas dos diversos setores da cadeia produtiva do turismo”, afirma o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Na temporada de inverno, a Serra já havia sentido os efeitos negativos da pandemia.
TURISTAS
A primeira etapa da pesquisa traçou o perfil socioeconômico, procedência, características da viagem (meio de transporte, forma de hospedagem e gastos) e avaliação do destino. Os efeitos da pandemia são evidentes:
- A parcela de turistas acima dos 60 anos caiu de 8,2% no ano passado para 4,9% nesta temporada. Em Laguna, por exemplo, a participação deste público passou de 26,6% para 1,7%.
- A fatia de estrangeiros reduziu drasticamente de 17,8% para 2,1%, especialmente da Argentina-o principal país emissor-de 14,8% para 0,2%.
- A distribuição dos turistas por faixas de renda média mensal indicou predomínio das Faixas 3 ( R$ 2.091 a R$ 5.225) e 4 ( R$ 5.226 a R$ 8.360). Enquanto a faixa 1 (De 0 a R$ 1.045) caiu de 6,3% dos turistas para 2,7%, a faixa 7 (R$ 15.676 ou mais) saltou de 5,4% para 8,4%.
EMPRESÁRIOS
Os dados também mostram a percepção dos empresários sobre os reflexos da temporada nos empreendimentos dos setores de comércio, serviços e turismo.
- O percentual de empresas que realizaram contratações para atender o movimento da temporada caiu 10,3 p.p.
- A avaliação do movimento de clientes na temporada foi negativa (51,3%)- a pior da série histórica iniciada em 2013. Apenas 1,2% avaliou o movimento como muito bom, 29,1% bom, 18,4% considerou que a temporada não teve grande impacto no movimento.
- O ticket médio (R$ 273,30) segue a tendência de crescimento dos anos anteriores, considerando a série deflacionada. A alta nesse ano foi puxada pelos gastos com Agências viagens e operadores turísticos.
- Apesar das percepções negativas, a variação do faturamento foi de 28% em relação aos demais meses do ano, sinalizando a importância da temporada para a economia do estado. Os dados referentes à temporada anterior foram inconclusivos.
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