O seu cartão de crédito tem cara de vilão ou de mocinho?
Apesar de ser um dos juros mais altos das modalidades de crédito, pagar com cartão pode trazer vantagens.
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Apesar de ser um dos juros mais altos das modalidades de crédito (mais de 12%), se você souber usar bem, pagar com cartão pode trazer vantagens. Mas eu me atrevo dizer que não é pra todo mundo! O limite do cartão não é pra usar como se fosse seu dinheiro! Crédito compra até um foguete parcelado em 12x, e se você se atrapalhar pode cair no triste abismo dos juros sobre juros.
Parece óbvio? Tem muita, mas muita gente se enrolando com o básico. O levantamento mais recente da Fecomércio mostra que 43,1% das famílias estão endividadas no Estado. Destas, 5,2% não tem como pagar. E adivinha quem está no topo dessas pendências? Ele mesmo: o cartão de crédito. Em 69% dos casos ele é apontado como o grande vilão, e o problema é a nossa relação com esse dinheiro de plástico.
Para o educador financeiro, Juliano Fernandes, o cartão pode ser nosso aliado. No entanto, precisamos viver dentro da nossa realidade financeira. É preciso resistir aos limites oferecidos pelo banco. E esse pode ser o ponto chave pra ajudar a ter mais controle. Além disso, é preciso se programar pra pagar sempre o valor total da fatura. Nem pensar em pagar o mínimo. Senão é ladeira a baixo…
Outra dica do Juliano Fernandes para aproveitar o lado bom do cartão de crédito é pesquisar o banco que não tenha anuidade ou tarifas. E que ofereça programa de pontuação, pra reverter pontos em milhas ou descontos em produtos e serviços. Em algumas modalidades dá até pra abater parte do valor da fatura com esses pontos.
Agora se você não consegue controlar os gastos, se costuma fazer compras por impulso o cartão tem que ficar longe da sua carteira. Para o Juliano Fernandes, vale mais deixar de acumular milhas do que se perder nas contas. Qualquer tropeço pode custar muito caro.
Pequenos gastos também merecem atenção. Sem perceber, de blusinha em blusinha, lanche e outras compras de valores inexpressivos podem somar uma fortuna na fatura. E se tem alguém que não tropeça, são os números. A matemática não tem dó de ninguém. O juro do cartão também não.
Mas longe de ser vilão, se usar bem ele tem mais cara de mocinho.
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