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Fluxos do estado

Fórum em SC reúne lideranças e empresários para discutir infraestrutura rodoviária e biodiesel

Durante o evento foram realizadas duas rodadas de conversas

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Fetrancesc | Reprodução
Foto: Fetrancesc | Reprodução

Nesta quinta-feira (07), foi realizado o Fórum CNT de Debates – Edição Regional – Santa Catarina, na unidade operacional do SEST SENAT em Joinville. Iniciativa do Sistema Transporte (CNT, SEST SENAT e ITL), o evento gratuito contou com o apoio da Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina).

Parte de um projeto itinerante que já passou por cidades como Natal (RN) e Vitória (ES), o encontro pretende lançar luzes sobre as principais questões enfrentadas pelas empresas de transporte catarinenses. Sejam do segmento de cargas ou de passageiros, as empresas pleiteiam, sobretudo, uma infraestrutura de transporte mais adequada aos fluxos do estado. 

“O Sistema Transporte reconhece os desafios do Estado e deseja, com o Fórum CNT de Debates, promover um diálogo que contribua na busca por soluções. Além da vocação turística, Santa Catarina é uma potência em metalurgia e agronegócio e produz alimentos para o resto do país e para exportação. Há, portanto, muitas oportunidades de crescimento, que virão com a maior integração entre os modais e a maior facilidade de acesso aos portos”, ressalta o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, que participará da mesa de abertura e de uma das rodas de diálogo.

Durante o evento foram realizadas duas rodadas de conversas. A primeira delas, tratou de infraestrutura e multimodalidade e vai ao encontro das principais reivindicações dos empresários locais. 

“Entre os dez trechos de rodovias federais mais perigosos do Brasil, cinco estão na BR-101, em Santa Catarina. Inclusive, o pior trecho do país está aqui. A BR-101 é a única rodovia federal duplicada que nós temos e está à beira do colapso”, alerta Dagnor Schneider, lembrando, ainda, que a BR-470 está interditada no momento. “Precisamos de investimentos em infraestrutura rodoviária. Caso contrário, Santa Catarina vai parar”, reforça.

Felipe Busnardo Gulin, da Fepasc, em sua participação, abordou a necessidade de criar vias secundárias como alternativa às BRs. “O intuito é discutir opções para aumentar a capilaridade do estado, que é atendido basicamente por vias principais. Diante de qualquer situação, como um deslizamento, as rodovias fecham e as cidades ficam sem rotas. Portanto, o aumento da malha é extremamente importante para que o nosso serviço seja prestado com qualidade”, detalha. 

Em um segundo momento, será debatido o impacto para a atividade transportadora da mistura do biodiesel ao diesel, que chegará a 14% a partir de março, com respaldo do governo. O Sistema Transporte questiona essa política com base em estudos técnicos e quer ouvir relatos dos empresários. 

“Do nosso ponto de vista, a medida é equivocada. Primeiro, porque pesquisas indicam que o aumento do teor de biodiesel na mistura tende a reduzir a eficiência energética dos motores. Segundo, porque acarreta aumento do volume de emissões de gases de efeito estufa”, observa o diretor Bruno Batista, que fez uma exposição sobre o assunto. 

Estiveram presentes: secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper; deputado federal Valdir Cobalchini; Antídio Lunelli, deputado estadual e presidente da Comissão de Transportes, Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura da Assembleia Legislativa de Santa Catarina; Dagnor Schneider, presidente da Fetrancesc e do Conselho Regional do SEST SENAT; Felipe Busnardo Gulin, presidente da Fepasc (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina); Bruno Batista, diretor executivo da CNT (Confederação Nacional do Transporte); Valter Souza, diretor de Relações Institucionais da CNT; Alysson de Andrade, superintendente do DNIT; e Adriano Silva, prefeito de Joinville.  

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