Elon Musk deve cortar 10% dos empregos da Tesla, diz agência
Anúncio foi feito por e-mail para os executivos da empresa
• Atualizado
O principal executivo da montadora de veículos elétricos Tesla, Elon Musk, enviou um e-mail para os executivos lamentando que tem um ‘sentimento muito ruim’ sobre a economia e que precisa cortar cerca de 10% dos empregos na empresa.
Segundo a agência de notícias Reuters, que antecipou a informação com exclusividade, o e-mail enviado na quinta-feira (2), sob o título ‘pause todas as contratações em todo o mundo’, veio dias depois que o bilionário disse por e-mail enviado na quarta-feira (1º) aos funcionários para retornar ao local de trabalho ou sair da empresa.
“Todos na Tesla são obrigados a passar um mínimo de 40 horas no escritório por semana”, explica trecho do e-mail enviado no dia 1º de junho, que é reforçado pela mensagem: “Se você não aparecer, vamos supor que você renunciou”.
Até o final de 2021, a Tesla e suas subsidiárias empregavam quase 100 mil pessoas, segundo relatório informado para a SEC, que é a versão norte-americana da CVM no Brasil.
Após a divulgação deste e-mail sobre o possível corte, as ações da empresa caíram cerca de 3% no pré-mercado nos Estados Unidos na manhã desta sexta-feira (3), e na bolsa de Frankfurt, na Alemanha, caíram 3,6%. Na Nasdaq, os mercados futuros ficaram negativos, passando a ser negociados 0,6% com valor inferior.
Esta foi a mensagem mais direta de alguém de alto perfil da Tesla sobre o congelamento de contratações.
Apesar da alta demanda por veículos da montadora e dos indicadores de desaceleração não apontarem para um aumento, Musk teme o risco de recessão na economia.
Elon Musk não explicou as razões de seu mau agouro explicitado por e-mail, mas segundo a agência de Notícias Reuters, executivos e especialistas apontam que há motivos para preocupação como o aumento da inflação nos Estados Unidos, que bateu o recorde em 40 anos, o aumento do custo de vida e questões inflacionarias que o Federal Reserve tem de resolver para conter a alta dos preços.
Antes de paralisar as contratações, a Tesla estava anunciando cerca de cinco mil vagas de emprego na rede social profissional LinekdIn. Vagas para vendas no Japão, engenharia na gigafábrica de Berlim ou cientistas de dados eram anunciados.
Bilionário australiano critica Musk e diz que volta aos escritórios é ‘algo dos anos ‘1950’
Na quinta-feira (2) Musk discutiu no Twitter com o bilionário de tecnologia australiano e cofundador da Altassian (Trello, Jira e Asana), Scott Farquar, que publicou uma série de tuites classificando a decisão do dono da Tesla como ‘algo dos anos 1950’ e incentivou os funcionários da Tesla a analisar seus cargos remotos.
Musk escreveu para o australiano que “As recessões servem a uma função vital de limpeza econômica”.
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