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Investimento

Quer crescer suas startups? Confira as dicas para conseguir aportes em 2022

Em Florianópolis, 40,3% das empresas procuram pelo primeiro investidor, segundo pesquisa.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: AdobeStock
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Aproximadamente 64,2% das startups do Sul do Brasil já receberam algum tipo de investimento e 60,9% das empresas da região estão com rodadas abertas no momento, segundo o mapeamento mais recente realizado pela Associação Brasileiras de Startups (abstartups). Em Florianópolis, por exemplo, cidade conhecida como “Ilha do Silício” por conta de seu ecossistema de inovação e tecnologia, novas empresas que já receberam investimento somam 56,7%, metade deles realizados por investidores de outro estado. O levantamento ainda aponta que 71,1% das startups da capital estão em busca de investimento.

Quase 30% das startups de Florianópolis que participaram da pesquisa estão na fase de tração, também conhecida como growth stage. Alexandre Souza, gestor do Startup SC, projeto do Sebrae/SC para fomentar empreendedorismo e inovação no estado, explica que, neste momento, o modelo de negócio da empresa já está consolidado e funcionando no mercado. “Estamos falando de um estágio de maturidade em que a startup começa a buscar investimentos com foco na escalabilidade. Por isso, o próximo passo é aumentar a participação no mercado e adquirir expertise através de parceiros”, explica Souza.

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Neste cenário aquecido para o mercado de inovação, empresários catarinenses dão dicas para as empresas buscarem seu primeiro aporte, fusão ou aquisição em 2022.

Organize a contabilidade e contratos

Empresários interessados em receber aporte ou participar de um M&A (Mergers and Acquisitions) precisam estar totalmente alinhados com o que acontece na gestão contábil de sua startup, já que a legalidade e transparência financeira da empresa são pontos que influenciam muito no avanço da negociação com parceiros. Fernando Salla, CEO da Effecti, startup adquirida pela holding Nuvini em março deste ano, também indica que os fundadores e líderes C-level avaliem a realidade de contratações da empresa. “Nesse setor, aconselho que startups evitem ter contratos majoritariamente PJ (Pessoa Jurídica) com colaboradores, se possível. Apesar desse modelo trazer benefícios para ambos os lados, acordos no formato CLT são mais seguros e ‘bem vistos’ por fundos de investimento”, explica Salla.

Priorize os investimentos estratégicos

Empresários em busca do primeiro aporte devem procurar por investidores que possam agregar muito mais do que o dinheiro por si só, conceito conhecido no mercado como “smart money”, ou dinheiro inteligente, em tradução direta. “É importante procurar alguém que já tenha conhecimento, networking e experiências para agregar no negócio”, diz Guilherme Reitz, CEO da retailtech Yungas, primeira empresa do segmento de tecnologia investida pelo fundo de R$ 50 milhões do Private Equity SMZTO, em dezembro. O empresário aconselha que novas empresas definam uma lista com 10 potenciais investidores, ressaltando os prós e contras de cada um e o que eles podem agregar no projeto. “Após esse mapeamento, vêm a parte da reunião com os fundos, quando os questionamentos e objeções nas conversas ajudarão bastante no preparo para última etapa, que é a conversão da parceria”, conclui.

Monte um “dream team”

Mais do que focar no produto e na inovação, é importante priorizar um bom time. E a melhor forma de selecionar as pessoas certas é investindo na cultura organizacional. Essa é a dica do Cesar Nanci, CEO da Pulses, empresa que tem soluções de clima organizacional, engajamento e performance medidos de forma contínua. Em setembro, a organização recebeu um aporte de R$ 3 milhões da Invisto, uma das principais empresas de venture capital voltada a negócios inovadores do Sul do Brasil. “Os investidores estão interessados no produto e no seu potencial de crescimento, mas também no time por trás da solução, nas habilidades e skills das pessoas-chave do negócio. E só é possível montar uma equipe bem preparada conhecendo a cultura do negócio, que deve vir de berço. Cuidar da marca empregadora e do clima organizacional é fundamental para encontrar as pessoas certas, fazer a empresa crescer e atrair bons investidores”, destaca.

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