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Empreendedora educacional faz alerta para formação de ensino técnico

Brasil tem 14 milhões de desempregados, fato que fez dobrar o ritmo de criação de empregos informais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Brasil tem 14 milhões de desempregados, fato que fez dobrar o ritmo de criação de empregos informais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para cada 10 ocupados, 4 são informais. É fato que a precarização do trabalho preocupa, mas também chama a atenção as vagas de trabalho disponíveis, especialmente porque não se tem pessoas qualificadas para ocupá-las. E o cenário se apresenta como um desafio histórico a se transpor: o foco na massificação de universidades, que por maioria das vezes se antagonizam ao mercado de trabalho.

“O desafio para a retomada é a formação de uma mão de obra qualificada alinhada com as necessidades reais do mercado de trabalho. E o ensino técnico vem ao encontro desta demanda atual emergencial”, destaca Ana Paula Calaes, empreendedora educacional que trabalha com a educação técnica há mais de 20 anos.

“É preciso oferecer formação focada em habilidades técnicas, que chamamos de hard skills, mas também em competências socioemocionais e habilidades interpessoais (soft skills)”, orienta.

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que pessoas que cursaram o Ensino Técnico possuem 38% de chances de conseguir um emprego de carteira assinada e uma remuneração 13% maior do que aquelas que não fizeram um curso técnico.

“Este cenário é resultado de uma grade curricular de formação compatível com as necessidades do mercado de trabalho, incluindo pessoas que saibam atuar em equipe, resolver problemas e serem proativas”, salienta Ana Paula.

Na Alemanha, entre 40 e 50% dos jovens procuram a formação técnica, enquanto no Brasil, segundo o IBGE, apenas 4% procuram esta modalidade de ensino.

“É uma porta de entrada para o mercado de trabalho rápida e eficiente tanto para quem busca o primeiro emprego quanto para quem busca uma recolocação”, destaca a empreendedora educacional.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apurou que 61% das empresas brasileiras têm dificuldades para preencher vagas em áreas técnicas.

“Há vagas e o perfil técnico é um dos mais procurados, mas é necessário ter qualificação”, finaliza Ana Paula.

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