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Trecho de rodovia em Santa Catarina é o pior do Brasil, diz pesquisa do CNT

Segundo a pesquisa do CNT, Governo Federal deve investir 21,6% menos em rodovias neste ano.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem ilustrativa | Foto Alberto Ruy | MInfra
Imagem ilustrativa | Foto Alberto Ruy | MInfra

Segundo a Pesquisa CNT Rodovias 2021, Santa Catarina tem o pior segmento rodoviário do Brasil. O trecho avaliado é da BR-163, entre o município de Dionísio Cerqueira e o município de São Miguel do Oeste. O segmento da rodovia está na classificação geral como péssima, ficando em último lugar, na posição 505 ranking. A rodovia, de responsabilidade federal, tem 59 quilômetros.

O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (2), pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), pelo Serviço Social do Transporte (SEST) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT).

Já às dez melhores rodovias do país estão em São Paulo, enquanto as piores estão distribuídas, pelos estados de Santa Catarina, de Pernambuco, Maranhão, Bahia, Amazonas, Acre, Rio Grande do Sul.

Veja o ranking das melhores e piores, e o estudo na íntegra, em ordem:

Veja as 10 piores rodovias:

Reprodução | Pesquisa CNT de Rodovias 2021

Veja as 10 melhores rodovias do Brasil, segundo a Pesquisa CNT Rodovias 2021:

Reprodução | Pesquisa CNT de Rodovias 2021

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Governo Federal vai investir 21,6% menos em rodovias neste ano, diz CNT

via SBT News

O montante autorizado no orçamento do Governo Federal para investimento nas obras em rodovias neste ano é 21,6% menor que o executado em 2020, indo de R$ 7,4 bilhões para R$ 5,8 bilhões, segundo a 24ª edição da pesquisa CNT de Rodovias, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), pelo Serviço Social do Transporte (SEST) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT). O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (2), mostra haver uma tendência de queda nos investimentos feitos pelo Executivo e pelas concessionárias na malha rodoviária nacional desde 2016.

Entre aquele ano e 2020, o valor médio investido foi de R$ 7,16 bilhões, pelas concessionárias, e de R$ 8,9 bilhões, pelo governo. Já por extensão da malha pavimentada gerida, o investimento privado médio foi de R$ 381,04 mil, ante R$ 162,97 mil por parte do poder público federal. Por enquanto, não há dados parciais em relação ao montante executado pelas concessionárias em 2021.

Porém, a pesquisa mostra ainda que enquanto o gasto estimado com acidentes nas rodovias federais, entre janeiro e setembro deste ano, foi de R$ 8,85 bilhões, os investimentos nessas vias ficou em R$ 4,16 bilhões. O estudo analisou também as condições de 109.103 km de rodovias pavimentadas federais e estaduais — percorridos entre 8 de julho e 27 de julho por 21 equipes de pesquisadores — e afirma que, desse total, 61,8% são classificados como regular, ruim ou péssimo, considerando as condições de pavimento, sinalização e geometria da via.

Desses trechos com problemas, 91% correspondem a rodovias públicas. Dessa forma, o percentual de trechos sob gestão pública considerados como ótimo ou bom foi de 35,2% para 28,2%, entre 2019 e 2021, e o daqueles classificados como regular, ruim ou péssimo passou de 67,5% para 71,8% (mais 2.773 km de rodovia).

No que diz respeito às concedidas para a iniciativa privada, os índices foram de 74,7% a 74,2% e de 25,3% a 25,8%, respectivamente, o que demonstra situação de relativa estabilidade. A análise contemplou 23.636 km de rodovias sob gestão privada. Considerando os 109.103 km percorridos, os pesquisadores identificaram 1.739 pontos críticos no país, incluindo 1.363 locais com buracos maior que um pneu.

Outro dado mostra que, como os problemas com pavimentos aumentam despesas de manutenção do veículo, a demanda do motor e consumo de combustíveis, entre outras, as rodovias com estado de conservação classificado como regular, ruim ou péssimo fazem o custo operacional do transporte cresce 30,9%, em média, no país. Nas vias concedidas, o crescimento é e 16%, e nas públicas, 35,2%.

Os problemas de qualidade nas rodovias fizeram as transportadoras de carga e de passageiros terem um prejuízo de cerca de R$ 4,21 bilhões, em 2020, por causa do consumo extra de combustível demandado pelos veículos; é estimado um desperdício de 955,99 milhões de litros de diesel no período e, portanto, descarga de cerca de 2,53 milhões de toneladas extras de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

A CNT acrescenta que, para reconstruir 554 km com a superfície destruída e restaurar 41.039 km em que há trincas, buracos, ondulações, remendos e afundamentos, dentre os 109.103 km analisados, seriam necessários R$ 62,9 bilhões; para manutenção, mais R$ 19,6 bilhões. No total, o Brasil tem 1.720.909 km de estradas, entre pavimentadas, não pavimentas e planejadas.

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