Recorde: inadimplência atinge mais de 6 milhões de empresas no Brasil
Dados fazem parte do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian
• Atualizado
Em fevereiro deste ano, 6,5 milhões de negócios foram parar na lista de negativação. É o maior índice de toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2016. Os dados fazem parte do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (04).
Em números totais, o montante de dívidas chegou ao valor de R$ 112,9 bilhões. Em média, cada empresa com o nome no vermelho tem 7 dívidas vencidas. Veja no gráfico abaixo a movimentação dos dados gerais:
Origem das dívidas
A pesquisa aponta ainda junto a quais setores da economia as empresas mais contraíram dívidas não pagas. Entre os grupos que podem ser especificados, o setor de Serviços puxou a fila com 28,1% das motivações para a inadimplência. Em segundo lugar vem os Bancos e Cartões, donos de 18,8%. Na terceira posição está o setor de Telefonia, com 8,5%. Confira abaixo o gráfico completo da inadimplência por setores que originaram dívidas.
Setores mais atingidos
A maior parte das empresas que estão na lista de inadimplência é do setor de Serviços: 53,8% do total. Depois estão o Comércio, com 37,3%; na sequência a Indústria, com 7,7%; o setor Primário, com 0,8% e Outros – que contempla a área financeira e de terceiro setor – com 0,4%.
A situação decorre da dificuldade das pessoas físicas em honrarem seus compromissos. A análise é do economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
“A curva crescente na inadimplência dos consumidores acaba impactando também as empresas. Mesmo que existam oscilações positivas e alguns empreendedores consigam quitar suas dívidas, como aconteceu em janeiro, a melhoria contínua da inadimplência dos empreendimentos depende muito do cenário de negativação entre os consumidores. Enquanto esse [cenário] não diminuir de fato, as empresas terão o desafio de manter um quadro de melhora significativo” – Luiz Rabi
São Paulo concentra a maioria das empresas inadimplentes. São mais de 2 milhões de empresas negativadas. Depois vem Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Veja os dados completos no gráfico a seguir.
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