Preço dos medicamentos vai sofrer duplo reajuste em boa parte do país; saiba quando
Além do aumento anual da indústria farmacêutica, ao menos 12 Estados vão subir a alíquota do ICMS
• Atualizado
O preço dos medicamentos deverá sofrer um duplo reajuste neste ano em boa parte do Brasil. Além do aumento anual da indústria farmacêutica, ao menos 12 Estados vão subir a alíquota do ICMS para compensar o corte no imposto sobre energia elétrica e combustíveis.
O reajuste estadual acontece desde fevereiro, e deve variar de 1,23% a 6,86%. Já o aumento nacional será feito no dia 01 de abril, variando de 4,54% a 5,35%.
Em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, não vai haver aumento do ICMS. Mesmo assim, uma atualização na base de cálculo nos preços de referência vai fazer o valor subir.
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“Os estados atualizaram as listas dos valores praticados pelas drogarias dos medicamentos ao consumidor, acaba saindo elas por elas”, explica Tatiana Scaranello, advogada tributarista.
O antibiótico amoxicilina, por exemplo, terá alta de 110%, de R$ 141,04 para R$ 296,03. O paracetamol, 90%, de R$ 5,50 para R$ 10,47. O anti-inflamatório ibuprofeno, 81%, de R$ 9,54 para R$ 17,28.
A alta carga tributária sobre os medicamentos aqui no país preocupa a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). O receio é que a situação chegue num ponto em que não haja mais saída: pacientes, principalmente os de baixa renda, terão que abandonar o tratamento por falta de recurso
“54% das pessoas já abandonam o tratamento depois de seis meses. Um dos principais motivos é justamente o preço do produto”, diz Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
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