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Petrobras elege Jean Paul Prates como novo presidente da estatal

Ele estará no cargo de forma interina até abril, quando deve acontecer a próxima Assembleia Geral de Acionistas

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Conselho de Administração da Petrobras elegeu por unanimidade, nesta quinta-feira (26), o ex-senador Jean Paul Prates (PT) para assumir a presidência da estatal. Ele estará no cargo de forma interina até abril, quando deve acontecer a próxima Assembleia Geral de Acionistas. Na ocasião, assumirá de forma definitiva e deverá tomar posse na companhia. 

O nome de Prates para presidir a Petrobras já havia sido anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro de 2022. À época, o então senador pelo Rio Grande do Norte foi às redes sociais para declarar que estava honrado com a escolha e disse que o “olhar para o futuro” foi a principal demanda dada a ele pelo presidente eleito. 

Com a indicação para presidir a Petrobras, Prates renunciou ao cargo de senador da República. A comunicação, assinada pelo então senador, foi publicada no Diário Oficial do Senado ainda na quinta-feira (25). 

“Ao passo que o cumprimento, sirvo deste expediente para comunicar-lhe, nos termos do art. 29 do Regimento Interno do Senado Federal, a minha renúncia ao mandato de Senador da República pelo Rio Grande do Norte na 55ª e 56ª legislatura”, diz Prates. 

Entenda o processo: 

  • A indicação de Jean Paul Prates para presidir a Petrobras foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes mesmo da posse no dia 1º de janeiro;
  • Ministério de Minas e Energia recebe o documento com a indicação de Prates como integrante do Conselho de Administração e também presidente-executivo da estatal;
  • A União tem direito de indicar 8 membros para o conselho. Nas assembleias recentes, os sócios minoritários têm conseguido ficar com duas dessas vagas, reduzindo a seis o número de eleitos pelo controlador no conselho — que é o governo federal;
  • A troca de administradores na estatal pode ser lenta e depende de várias análises e etapas preliminares. Um cenário possível é que um diretor da Petrobras ou conselheiro assuma a presidência interinamente até a posse efetiva de Jean Paul Prates — que ainda não tem data marcada;
  • Considerada a meta prioritária, uma vez na presidência da empresa, Jean Paul Prates deverá garantir a maioria no colegiado da estatal, hoje composta por indicados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL);
  • Um segundo passo é suspender o processo de venda de refinarias — o que pode levar bem mais tempo do que o esperado e é um desejo do presidente Lula: tirar a Petrobras da lista de privatizações. Até lá, serão várias horas de reuniões e negociações;
  • Em meio aos ajustes da nova direção, Jean Paul Prates tem ainda o desafio da paridade internacional dos preços dos combustíveis. Já está valendo o reajuste de R$ 0,23 a mais no preço do litro vendido para as distribuidoras;
  • O mercado pressionava a estatal para elevar os preços, diante da defasagem em relação às cotações internacionais. Há alguns meses, a Petrobras estava vendendo o produto no Brasil a preços mais baixos do que no exterior. No entanto, o aumento anunciado na 3ª feira (24.jan) não será suficiente para cobrir a defasagem

Biografia

Prates nasceu em 19 de junho de 1968, no Rio de Janeiro. É advogado, economista e, desde 2019, senador pelo Rio Grande do Norte. Possui mestrado em gestão ambiental pela Universidade da Pensilvânia (EUA) e em economia da energia pela Escola Superior de Petróleo, Energia e Motores da França. Em 2014, foi eleito primeiro suplente de senador. Com a eleição de Fátima Bezerra para o governo do Rio Grande do Norte, ele assumir o posto de senador. 

Trabalhou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT). Foi secretário potiguar de Energia e Assuntos Internacionais (2008-10), assessor do Ministério de Minas e Energia (1997-98), assessor do 1º Conselho de Administração na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (1998) e presidente da Expetro (1991-2008), entre outras atribuições. Na transição do Governo Federal em 2022, foi o coordenador do subgrupo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Grupo Técnico (GT) de Minas e Energia.

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