Petrobras defende reajustes e diz que preços evitam desabastecimento
Segundo a estatal, alta aplicada foi influenciada pela tensão geopolítica na Europa
• Atualizado
A Petrobras divulgou, nesta sexta-feira (18), uma nota defendendo o reajuste de preços dos combustíveis diante da alta volatilidade do mercado internacional de petróleo. Segundo a estatal brasileira, a mudança é necessária para evitar o desabastecimento nacional, que já vinha enfrentando problemas devido à pandemia de covid-19.
“As tensões geopolíticas na Europa adicionaram mais uma componente de volatilidade, tendo culminado com a invasão da Ucrânia pela Rússia no dia 24 de fevereiro. Em um primeiro momento, apesar da disparada dos preços internacionais, a Petrobras decidiu não repassar de imediato a volatilidade, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo. Somente no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, a Petrobras implementou ajustes”, diz o texto.
A empresa ressalta também que os valores aplicados às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP naquele momento, apesar de relevantes, refletiam somente parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, “que foram fortemente impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia”.
“A Petrobras segue todos os ritos de governança e busca um equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo que evita repassar para os preços internos as volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais. Esse posicionamento permitiu que os preços nas refinarias da Petrobras permanecessem estáveis por 152 dias para o GLP, e 57 dias para a gasolina e o diesel, mesmo nesse quadro de ascensão do preço internacional.”
Por fim, a Petrobras afirmou que “tem sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade” e que “mantém monitoramento diário do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”. Previsões sobre a manutenção ou ajustes de preços, no entanto, não podem ser antecipadas.
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