Pela 1ª vez no Brasil, uso de TV supera computador para acessar internet
90% dos lares tem internet banda larga. Conexão aumentou durante a pandemia
• Atualizado
É a primeira vez, desde 2016, que tem mudanças no ranking de dispositivos mais utilizados nos domicílios para acessar a internet. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE, mostra que a TV chegou ao segundo lugar, superando o computador no acesso à internet.
Em 2021, o telefone celular continuou na liderança, sendo o principal equipamento de acesso à internet em 99,5% dos domicílios. A TV aparece na segunda posição em 44,4% dos domicílios, com alta de 12,1 pontos percentuais frente a 2019. Já o uso dos microcomputadores caiu de 45,2% para 42,2%. Para completar a lista, o tablet recuou de 12,1% para 9,9%.
As informações são do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) investigado nas visitas do 4º trimestre pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
“O rendimento desses domicílios foi maior entre os que utilizavam tablet, R$ 3 mil; ante R$ 2.296 dos que utilizavam microcomputador, R$ 1.985 para os que acessam via TV e o menor rendimento, R$ 1.480, é dos que acessam com telefone celular”, destaca a analista da pesquisa, Flávia Vinhaes.
De 2019 a 2021, o percentual de domicílios com conexão à internet por banda larga móvel caiu de 81,2% para 79,2%, enquanto o percentual da banda larga fixa aumentou de 78,0% para 83,5%.
“O aumento do uso da banda larga fixa pode estar relacionado à pandemia, período em que as pessoas tiveram de manter o isolamento, ficando em casa, o que fez com que a banda larga móvel fosse menos utilizada. Outro motivo pode ser a expansão do acesso na Região Norte, onde o percentual dos domicílios com acesso via banda larga fixa teve incremento representativo, subindo de 54,7%, em 2019, para 70,5% em 2021”, analisa Flávia.
Em 2021, entre os 183,9 milhões de pessoas com 10 ou mais anos de idade no país, 84,7% utilizaram a internet no período de referência da PNAD TIC. Esse percentual foi maior entre os estudantes: 90,3%, sendo 98,2% para os da rede privada e 87,0% para a rede pública de ensino.
Cai o percentual de domicílios com TV no país
De 2019 para 2021, o número de domicílios com TV no país subiu de 68,4 milhões para 69,6 milhões. No entanto, houve uma ligeira queda na proporção de domicílios com TV: de 96,2% para 95,5% do total de domicílios do país.
Uso de TV por assinatura diminui nas áreas urbanas e sobe nas áreas rurais
No recorte de 2021, 27,8% dos domicílios com televisor tinham acesso a serviço de televisão por assinatura. Proporção de 29,2% em área urbana e de 17,8% em área rural. Em 2019, a área urbana tinha mais, 32,4%, enquanto a rural menos, com 16,4%.
Antena parabólica era encontrada em quase 16 milhões de domicílios
Cerca 15,7 milhões ou 22,6% dos domicílios do país tinham recepção de sinal de TV por antena parabólica, sendo que 56,1% deles estavam em área rural e 17,8% em área urbana.
Quase 60% dos idosos já acessam a internet
O grupo etário com 60 anos ou mais é o que menos acessa à internet. Porém, de 2019 para 2021, o percentual de utilização dos idosos foi o que mais aumentou: de 44,8% para 57,5%, alta de 12,7 pontos percentuais.
Uso da internet para chamadas de voz ou vídeo ultrapassa o das mensagens de texto
Também pela primeira vez desde o início da série histórica, mais pessoas utilizaram a internet para conversar por chamadas de voz ou vídeo (95,7%) do que para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (94,9%), que era a finalidade mais frequente até 2019. Completam a lista assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (89,1%) e enviar ou receber e-mail (62%).
Número de domicílios com telefone fixo continua caindo
A proporção de domicílios com telefone fixo no país foi de 15,6%, com uma queda de 7,5 pontos percentuais em relação a 2019. Já a taxa de domicílios que possuíam telefone móvel celular era de 96,3%, quando em 2019 era de 94,4%.
Cai a proporção de domicílios com microcomputador
De 2019 a 2021, a proporção de domicílios com microcomputador recuou de 41,4% para 40,7%. Na área urbana, esse percentual caiu de 45,6% para 44,9% e na área rural, houve redução de 13,8% para 12,8%. Nesse período, a proporção de domicílios com tablet caiu de 11,6% para 9,9%.
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