Imposto de Renda: veja mudanças de quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil
O projeto propõe a isenção total do imposto para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
• Atualizado
O Governo Federal estima que, com a aprovação do Projeto de Lei de isenção do Imposto de Renda, mais de 10 milhões de brasileiros deixarão de pagar o tributo. O projeto, apresentado nesta terça-feira (18) à Câmara dos Deputados, propõe a isenção total do imposto para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Além disso, haverá uma isenção parcial para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Para quem recebe acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva de imposto de renda continuará válida.
Na prática, um motorista com salário de R$ 3.650,66 por mês teria isenção total, resultando em uma economia anual de R$ 1.058,71. Já um professor com remuneração de R$ 4.867,77 teria uma economia de aproximadamente R$ 3.970,18 ao ano. Um autônomo com ganho de R$ 5.450,00 por mês veria um aumento de R$ 3.202,50 na sua renda anual.
O impacto financeiro para a União com a ampliação da faixa de isenção é estimado em R$ 25,84 bilhões em 2026. A compensação viria por meio de contribuições de pessoas com rendimentos mais elevados, que pagariam uma alíquota mínima, variando de 0% a 10%.
Em termos de compensação, 141,4 mil pessoas, ou 0,13% dos contribuintes, serão afetadas. Aqueles que já pagam a alíquota mínima ou superior não terão nenhum ajuste, enquanto quem paga menos do que o mínimo terá que complementar a diferença. Por exemplo, um contribuinte com rendimento anual de R$ 600 mil (R$ 50 mil/mês) não sofrerá alterações no valor a ser pago, mas alguém com rendimento anual de R$ 750 mil (R$ 62,5 mil/mês) será obrigado a pagar ao menos 2,5% sobre o total, equivalente a R$ 18,75 mil por ano. Para rendimentos anuais de R$ 1,2 milhão (R$ 100 mil/mês) ou mais, a alíquota mínima será de 10%, resultando em um imposto mínimo de R$ 120 mil anuais.
Não serão tributados ganhos de capital, poupança, heranças, doações, aposentadorias e pensões por moléstia grave, nem rendimentos recebidos acumuladamente.
Segundo o governo, a nova regra não afetará a arrecadação dos Estados e municípios. Apesar da redução da retenção do Imposto de Renda na fonte, o aumento do poder aquisitivo na economia deverá compensar essa perda.
O Projeto de Lei agora segue para o Senado, e no Legislativo, espera-se que ele sofra modificações. Caso seja aprovado, a isenção entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026.
Com informações do SBT News.
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