Desempenho industrial de SC é o melhor do país no pós-Covid-19, afirma FIESC
Atlas demonstra que a competitividade da indústria catarinense está à frente da média do restante do Brasil
• Atualizado
Para acompanhar o desempenho da competitividade da indústria estadual e apoiar no desenvolvimento de estratégias de médio e longo prazo, o Observatório FIESC lança nesta quarta-feira (25), durante o Fórum Reinventa-SC, o Atlas da Competitividade da Indústria Catarinense. O levantamento inédito inclui o Índice de Competitividade Industrial (ICI) dos estados brasileiros e revela que a estrutura produtiva de Santa Catarina (0,167) foi classificada como a segunda mais competitiva, com índice muito próximo ao do primeiro do ranking, São Paulo (0,168).
“A indústria de Santa Catarina é uma das mais pujantes e competitivas do Brasil, desempenho sustentado por empreendedorismo, investimentos, estratégias de ampliação do mercado interno e de inserção internacional. Mas acreditamos que, em uma economia de escala global, é preciso estar no nível dos melhores do mundo. Por isso, sabemos da importância de contribuir para criarmos um ambiente de negócios mais favorável para ampliar a nossa competitividade”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
O Atlas demonstra que a competitividade da indústria catarinense está à frente da média do restante do Brasil, assim como de países como Argentina, Rússia e África do Sul, por exemplo. Mas, assim como esses, ainda necessita de mais investimentos para ampliar o desempenho competitivo global e a capacidade de inovação.
Em âmbito mundial, Santa Catarina tem competitividade similar a países como Austrália e Turquia, enquanto a brasileira aproxima-se de países como Marrocos, Indonésia e Argentina. Além disso, o capítulo revela o desempenho industrial de SC como o melhor do país no pós-Covid-19.
O Atlas da Competitividade revela que a diversificação setorial e a especialização regional são características estruturais marcantes da indústria catarinense. A publicação analisa essa diversidade de forças produtivas setoriais e regionais, além da rede de atores e de recursos existentes nos ecossistemas regionais, evidenciando o nível de competitividade industrial catarinense.
“Na última década, a atividade industrial catarinense foi reforçada por importantes investimentos, o que aprofunda complementaridades produtivas via novos encadeamentos industriais”, afirma a FIESC. A indústria catarinense também contou com grandes investimentos de empresas já tradicionais, tanto em novas unidades como em expansões das antigas. Exemplos podem ser encontrados nas mais diversas áreas, como o setor de madeira, metalurgia, máquinas elétricas e construção. “Esse ambiente atraiu também o investimento de multinacionais, favorecendo novos encadeamentos produtivos e aumentando a inserção internacional da indústria local”, destaca o diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates.
Em comparação com os outros estados, Santa Catarina teve o maior valor na dimensão “estágio de desenvolvimento industrial” (0,096), que considera o valor adicionado da Indústria de transformação per capita. A atividade industrial diversificada e presente em todas as regiões, combinada com a existência de empresas líderes nacionais nos diferentes segmentos produtivos foram fatores importantes para esse desempenho relativo.
O estudo demonstra que Santa Catarina já é referência internacional nas cadeias produtivas de Alimentos, Equipamentos elétricos, Têxtil e Confecções e tem bom desempenho em setores como Móveis e Metalurgia. Outro aspecto importante diz respeito às potencialidades das seis mesorregiões do estado, fator que reforça a capilaridade da indústria em todo o território.
Sobre o Atlas da Competitividade da Indústria Catarinense
O Atlas da Competitividade da Indústria Catarinense terá periodicidade anual. A publicação é elaborada pelo Observatório FIESC, no âmbito do SC Competitiva, um sistema que compreende uma série de estudos e análises focados na produtividade e na competitividade das indústrias do estado e que auxilia nas ações estratégicas da FIESC.
O Índice de Competitividade Industrial (ICI) dos estados considera dados de 2019 e avalia dois fatores para a definição de seu cálculo: a capacidade de produzir e exportar bens manufaturados e a intensidade tecnológica da produção e exportação, assim como é visto no Competitive Industrial Performance Index (CIP), da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNIDO). O índice faz parte do Atlas da Competitividade da Indústria Catarinense, liderado pelo economista do Observatório FIESC, Marcelo Masera de Albuquerque, e teve a coordenação técnico-científica do professor da UFSC e consultor da FIESC Pablo Bittencourt.
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