Conta de luz terá nova bandeira tarifária quase 50% mais cara do que a vermelha
A nova bandeira começa a vigorar nesta quarta-feira (1) e o aumento final na conta de luz será de 6,78%
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A conta de luz ficará mais cara no mês de setembro. Nesta terça-feira (31), o Governo Federal anunciou a criação de uma nova bandeira tarifária para a energia elétrica. Chamada de bandeira tarifária de “escassez hídrica”, ela terá custo de R$ 14,20 por kilowatt/hora consumido, valor 49,6% maior que a bandeira vermelha patamar 2 (a mais alta até o momento), cujo custo é de R$ 9,49. A nova bandeira começa a vigorar nesta quarta-feira (1) e segue até abril de 2022.
De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, a nova bandeira foi criada para custear uma geração adicional, provocada pela crise hídrica, que seria a pior dos últimos 91 anos. O país tem precisado importar energia de Argentina e Uruguai, além de contar com uma geração térmica adicional — mais cara que a oriunda de hidrelétricas.
Ainda segundo a Aneel, o aumento final na conta de luz será de 6,78%. Estarão isentos da nova bandeira apenas os moradores de Roraima e os consumidores inscritos no programa de tarifa social.
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Redução voluntária
Outra iniciativa anunciada para tentar conter o consumo de energia elétrica foi um programa de redução voluntária, que prevê uma bonificação aos consumidores que reduzirem o uso. O desconto será de R$ 50 a cada 100kWh reduzidos. Para conseguir o benefício, é necessário reduzir ao menos 10% da conta de luz. A bonificação é limitada a 20% de redução.
O programa vai durar de setembro a dezembro deste ano. O custo aos cofres públicos, segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Christiano Vieira, será de R$ 340 milhões por mês. A expectativa é de que sejam poupados 914 megawatts de energia, suficiente para abastecer, em média, 4 milhões de domicílios.
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Apagão
As medidas foram anunciadas em entrevista coletiva no Ministério de Minas e Energia. Também presente ao evento, o ministro Bento Albuquerque minimizou o risco de apagão no país. “Todos os cenários que nós possuímos e modelos computacionais que utilizamos indicam que temos a oferta suficiente para a demanda do sistema”, disse.
Ainda segundo Albuquerque, “as medidas adotadas estão surtindo o efeito que se espera”, mas “ainda não nos levam a uma situação de normalidade ou conforto”. “Por isso estamos adotando todas essas demandas.”
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