Concessionárias anunciam desconto em carros 0 km
Quem foi conferir o preço dos carros nas concessionárias nesta terça-feira (6) já encontrou algumas ofertas
• Atualizado
As concessionárias anunciaram, nesta terça-feira (6), descontos no preço de veículos 0 km, um dia após o lançamento do programa do governo de incentivo à indústria automobilística. Inicialmente, o governo pensou em favorecer apenas a venda de carros, mas ampliou o programa para ônibus e caminhões.
Quem foi conferir o preço dos carros nas concessionárias nesta terça-feira (6) já encontrou algumas ofertas. Em alguns casos, o desconto chegou a ultrapassar o bônus previsto pelo governo, que vai de R$ 2 mil a R$ 8 mil. O carro 0 km mais barato anunciado por montadoras está custando menos de R$ 60 mil.
O governo vai conceder créditos tributários às empresas que aderirem aos 4 meses de duração do programa. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) vê a iniciativa como positiva.
“O legado vai ficar, que é o desenvolvimento do mercado que estava bastante em marcha lenta. […] Para um ambiente favorável, para o aumento de vendas nesse segmento”, afirma o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
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Os benefícios às montadoras saíram por medida provisória: recursos da ordem de R$ 1,5 bilhão, divididos entre carros leves (R$ 500 milhões), ônibus (R$ 300 milhões) e caminhões (R$ 700 milhões). O dinheiro virá da antecipação de parte da reoneração do óleo diesel, que só correria em janeiro de 2024.
No caso de caminhões e ônibus, as regras mudam. O programa é voltado para a renovação da frota com mais de 20 anos de fabricação e, para ter acesso ao bônus, que pode variar de R$ 33,6 mil até quase R$ 100 mil, o proprietário será obrigado a entregar o veículo para ser desmontado e tirado de circulação. Com o comprovante do desmonte, a baixa do veículo no Detran e o valor fixado de bônus, o consumidor poderá fazer a encomenda.
O professor da Fundação Getúlio Vargas, Antônio Jorge Martins, lembra que a indústria automobilística passou por uma crise durante a pandemia com a falta de peças. E ainda enfrenta a dificuldade de crédito.
“Isso levou uma elevação dos custos, que foram repassados aos preços, da ordem de 50%. […] Um programa que, de uma forma geral, tenha condições de reduzir os preços dos veículos em 11% não tende a reverter de forma significativa o quadro atual que se passa no setor”, afirma o professor da FGV.
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