Cadastrados no Bolsa Família receberão benefício de novembro com reajuste
Planalto tenta conseguir mais de R$ 80 bilhões para novo programa social e outras despesas em 2022
• Atualizado
Enquanto o Governo Federal não define a fonte de recursos para o pagamento de R$ 400,00 do Auxílio Brasil, os cadastrados no Bolsa Família receberão o benefício com reajuste de 20% a partir de 17 de novembro. O programa também dará R$ 90,00 para crianças de até 3 anos e R$ 45,00 para gestantes e jovens, entre 18 e 21, que estejam cursando a educação básica.
A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que pode abrir espaço no orçamento para o Auxílio Brasil, ficou para a semana que vem. Pela manhã, o ministro da Cidadania, João Roma, esteve no Palácio do Planalto e reconheceu que está preocupado com o prazo para aprovação da PEC. “O nosso apelo é para que até a segunda semana de novembro essa medida possa ser aprovada. Porque senão terão dificuldades operacionais, inclusive, para fazer chegar o recurso a essa população”, acrescentou.
A proposta, que precisa ser votada em dois turnos na câmara e no Senado, muda o cálculo da correção dos gastos previstos no orçamento e altera o cronograma para pagamento dos precatórios – dívidas da União que a Justiça já mandou acertar. Com isso, o Planalto teria mais de R$ 80 bilhões para o novo programa social e outras despesas em 2022, ano eleitoral.
Na quarta-feira (27) à noite, em Manaus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu às críticas sobre o valor do benefício: “Quando a gente apresenta uma proposta para passar, em média, o Bolsa Família de 190 para 400, me acusam de fazer demagogia, de querer uma reeleição em cima dos mais pobres. Se eu fico quieto, eu estou matando o povo de fome. Se eu tento fazer alguma coisa, estou fazendo demagogia”.
Bolsonaro embarcou nesta noite para Roma, onde participa durante o fim de semana da reunião do G-20. Enquanto isso, ministros palacianos vão seguir negociando a aprovação da PEC. Se o governo não conseguir apoio até o dia 15 de novembro, o Planalto poderá pedir ao Congresso a prorrogação do estado de calamidade pública, que termina em 31 de dezembro. Assim, teria autorização para seguir com o auxílio emergencial.
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