Verme comum em cobras píton é achado no cérebro humano pela primeira vez
Australiana de 64 anos relatou suores noturnos e aumento da perda de memória
• Atualizado
Um verme de oito centímetros, comum em cobras píton, foi encontrado “vivendo” no cérebro de uma mulher de 64 anos, em Nova Gales do Sul, na Austrália. O caso, publicado na edição mais recente da revista Emerging Infectious Diseases, é apontado como o primeiro a ser registrado no mundo, o que surpreendeu a comunidade científica.
Segundo o relato, a paciente, que não teve o nome revelado, buscou atendimento médico pela primeira vez em 2021, quando se queixou de dores abdominais, diarreia, tosse seca e suores noturnos. A consulta resultou no diagnóstico de pneumonia eosinófila.
Três semanas depois, no entanto, a mulher precisou voltar à unidade de saúde relatando piora do quadro depressivo, condição com a qual já havia sido diagnosticada anteriormente, e perda de memória. Ao realizar uma ressonância magnética, a equipe médica constatou uma lesão no lobo frontal direito, exigindo uma biópsia.
Durante o procedimento, os médicos descobriram que a lesão, na verdade, tratava-se de um parasita da cor vermelha vivendo no cérebro da paciente. O verme, da espécie Ophidascaris robertsi, foi removido do corpo da mulher, que precisou fazer uso de vermífugos e corticoide para combater possíveis larvas em outros órgãos.
“A paciente residia perto de uma área de lago habitada por cobras pítons. Apesar de não ter contato direto com cobras, ela frequentemente coletava vegetação nativa ao redor do lago para usar na culinária. Levantamos a hipótese de que ela consumiu inadvertidamente ovos de Ophidascaris robertsi diretamente da vegetação ou indiretamente por contaminação de suas mãos ou equipamentos de cozinha”, disse a equipe médica.
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