Iceberg que se soltou da Antártica tem quase 1 trilhão de toneladas
A23a possui uma extensão superior aos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York juntos. Veja imagens
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A British Antarctic Survey (BAS) divulgou novas imagens do maior iceberg do mundo, o A23a. Com uma área de cerca de 3.900 km², sua extensão é superior aos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York juntos. Sua massa: um trilhão de toneladas.
Em 1986, se desprendeu da plataforma de gelo Filchner e na sequência encalhou no fundo do mar, onde ficou por mais de 30 anos. No final de novembro, ele saiu do Mar de Weddell para o Oceano Antártico. Os dados recolhidos por satélite podem ajudar a explicar sua movimentação pelo oceano.
Agora que está em movimento, é provável que o A23a seja arrastado pela Corrente Circumpolar Antártica para o “beco dos icebergs“, o que pode o colocar em em direção à ilha subantártica da Geórgia do Sul, segundo a British Antartic Survey.
A pesquisa também irá recolher amostrás de águas superficiais do seu entorno para, dentre outras coisas, medir o “impacto do carbono no oceano”.
“Coletamos amostras das águas superficiais do oceano atrás, imediatamente adjacentes e à frente da rota do iceberg. Eles devem nos ajudar a determinar que vida poderia se formar em torno do A23a e como este iceberg e outros semelhantes impactam o carbono no oceano e seu equilíbrio com a atmosfera“, disse biogeoquímica da Biopole, Laura Taylor.
Além disso, os resultados vão auxiliar no entendimento de como as alterações climáticas estão afetando o Oceano Antártico e os organismos que nele vivem, desde plantas marinhas microscópicas e até animais como pinguins e baleias.
O bloco congelado possui uma espessura média total um pouco acima de 280 metros e seu volume é de aproximadamente 1.100 km3. Segundo os pesquisadores, o iceberg não é um bloco uniforme, ou seja, algumas partes são mais espessas do que outras.
Para o líder científico de Ecosisstemas da BAS, Geraint Tarling, essa separação de icebergs das plataformas de gelo faz parte do ciclo de vida natural das geleiras e os dados recolhidos “irão melhorar a nossa compreensão destes processos e a sua sensibilidade às alterações climáticas“.
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