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Tragédia

Equipes de resgate encontram mais de 2 mil corpos após inundações na Líbia

Total de mortos é estimado em 5,3 mil; 10 mil pessoas seguem desaparecidas

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

Equipes de resgate na Líbia encontraram, até esta quarta-feira (13), mais de 2 mil corpos de pessoas que morreram em decorrência das inundações no leste do país. Segundo a Cruz Vermelha, o número ainda deve aumentar, uma vez que 10 mil pessoas seguem desaparecidas. As operações de busca acontecem tanto em terra quanto no mar.

Ao todo, estima-se que 5,3 mil pessoas tenham morrido em meio às enchentes, provocadas pela passagem da tempestade mediterrânea Daniel. Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou que o grande volume de chuvas resultou no rompimento de duas barragens, causando fortes correntezas de água nas cidades.

O município mais impactado pela tempestade mediterrânea, que já passou pela Grécia, Turquia e Bulgária, foi Derna. No local, as chuvas destruíram árvores, casas, veículos e estradas, deixando um rastro de lama. O mesmo aconteceu na região de Bayda, onde a altura da água ultrapassou 2 metros em alguns locais, inundando casas e carros.

“As necessidades humanitárias são enormes e muito mais além das capacidades da Cruz Vermelha, e até mesmo além das capacidades do governo. É por isso que o governo do leste lançou um apelo internacional por apoio. Nunca houve uma tempestade como essa na região”, disse Tamar Ramadan, chefe da delegação da Cruz Vermelha.

Pelas redes sociais, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, informou que está mobilizando recursos e equipes de emergência para apoiar as pessoas afetadas no país, bem como trabalhando para assinar parcerias internacionais para obter assistência humanitária. Ao todo, 1,8 milhão de pessoas foram impactadas.

Líbia dividida

A tragédia na Líbia acontece no momento de uma caótica crise política, com denúncias de corrupção e interferência externa, desde da queda do ditador Muammar Gaddafi, em 2011. Hoje, o país, rico em petróleo, é governado interinamente por dois grupos rivais – sendo apenas um deles, reconhecido pelo Ocidente. 

A região leste da Líbia – a mais afetada pela tempestade – é controlada por rebeldes do Exército Nacional, que têm o apoio do Egito e dos Emirados Árabes Unidos. O outro extremo do país é administrado pelo governo interino na capital Trípoli, alinhado à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). 

Como os lados não conversam, a situação atrasa a coordenação internacional para o envio de ajuda humanitária. O chefe da ONU afirmou, no entanto, que segue trabalhando com ambos os governos para conseguir enviar apoio ao país.

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