Capivaras: da fauna brasileira à febre mundial

As capivaras, roedores nativos do Brasil, se tornaram um fenômeno mundial, conquistando redes sociais e inspirando uma variedade de produtos estampados, como cadernos, canetas, pelúcias, chaveiros e mochilas. A tendência começou na China e rapidamente se espalhou entre crianças e adolescentes de vários países, sendo compartilhada em vídeos, memes e postagens nas redes sociais.

No Japão, por exemplo, existe um “Capybara Café”, no estilo dos cafés de gatos, onde os visitantes podem lanchar e interagir com esses roedores. Nas redes sociais, especialmente no TikTok e Instagram, capivaras são frequentemente mostradas em comportamentos curiosos e simpáticos, aumentando ainda mais sua popularidade e transformando o animal em um ícone cultural global.

Apesar da fama e da fofura, especialistas alertam que capivaras não são animais de estimação. No Brasil, elas vivem em grupos próximos a rios, lagos, parques e áreas urbanas, onde a convivência com humanos pode ser frequente. A aproximação com esses roedores, embora pareça inofensiva, pode trazer riscos à saúde, pois eles podem ser hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, doença grave que pode afetar humanos.

Biólogos reforçam que, mesmo sendo dóceis, capivaras devem ser respeitadas em seu habitat natural. Alimentá-las ou tentar domesticar o animal não é recomendado, pois pode gerar estresse ao animal, alterar seu comportamento natural e aumentar o risco de transmissão de doenças.

O fenômeno global mostra como as redes sociais têm poder de transformar animais comuns em ícones culturais, mas também evidencia a necessidade de educação ambiental e de cuidados sanitários ao se aproximar de espécies nativas. Enquanto no exterior elas viram febre em produtos e cafés temáticos, no Brasil o desafio é conciliar a convivência próxima com segurança e preservação ambiental.

*Com informações de SBT News.

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