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Dia do Vira-Lata reforça importância da adoção e do acolhimento

Mesmo sendo maioria entre os cães no país, os vira-latas enfrentam obstáculos na hora da adoção

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SBT News

Por SBT News

Dia do Vira-Lata reforça importância da adoção e do acolhimento. – Foto: Isabéli Bender/Reprodução
Dia do Vira-Lata reforça importância da adoção e do acolhimento. – Foto: Isabéli Bender/Reprodução

Ícone do Brasil e dono de um carisma irresistível, o cachorro caramelo conquistou o coração de milhares de brasileiros. Nesta quarta-feira (31), o Dia Nacional do Vira-Lata reforça a importância da adoção responsável e do combate ao preconceito que ainda existe contra cães sem raça definida.

Mesmo sendo maioria entre os cães no país, os vira-latas enfrentam obstáculos na hora da adoção. A preferência por raças específicas e aparências padronizadas ainda é forte.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, cerca de 30 milhões de animais vivem nas ruas do Brasil, sendo 20 milhões deles cães.

“A gente não foca em raça, mas, sim, nas qualidades e características de cada um”, explica Ingrid Favarello, diretora da ONG Pet Friends.

“Se resgatamos um que lembra um labrador, chamamos de ‘labralata’. Apresentamos o porte, o temperamento e destacamos os benefícios de ter aquele animal em casa. Tentamos sempre encontrar um perfil compatível com quem adota”, comenta Ingrid.

Apesar de alguns vira-latas receberem cuidados coletivos, como Silveira — o mascote de um campus da Universidade de Santa Maria — especialistas alertam que nada substitui um lar.

“Há bairros onde o abandono é recorrente. E embora muita gente ajude, construindo casinhas ou oferecendo comida, esses cães precisam de mais: de um lar, de afeto, de uma família de verdade”, reforça Ingrid. “Toda ação ajuda, mas a mudança acontece quando alguém decide acolher”, acrescenta a diretora da ONG.

Os tipos de vira-lata mais queridos do Brasil

Nas redes sociais, os cães sem raça definida ganharam classificações carinhosas e criativas. Entre os “tipos” mais lembrados estão:

  • Vira-lata caramelo: o mais comum, de pelo bege e curto.
  • Fiapo de manga: peludo, arrepiado, bagunçado e muito fotogênico.
  • Estopinha: com pelos cacheados, bagunçados e até com barbichas.
  • Bolo formigueiro: com pelagem rajada ou marrom, lembrando o doce.
  • Bolo de cenoura com chocolate: pretinhos com partes marrons no focinho.
  • Tadinho: aquele olhar pidão que conquista qualquer um.

Superando o preconceito com afeto

A psicóloga Renata Bertuqui, tutora de cinco vira-latas, conta que muitos ainda enfrentam preconceito por não se encaixarem em padrões estéticos.

“Meus cães são adultos, de porte médio, com traumas e questões de saúde. Só isso já basta para muitos desistirem”, relata a psicóloga.

Ela afirma que a adaptação pode levar tempo, especialmente para cães que passaram por maus-tratos. “Eles querem afeto e se conectar. Mas trazem uma bagagem. Por isso, o processo exige tempo e paciência”.

Sobre os comentários frequentes que escuta, Renata desabafa: “As pessoas acham que, por virem das ruas, serão agressivos, ou que cães de raça são mais seguros. Mas não é sobre pedigree, e sim sobre vínculo”.

Ingrid também destaca a importância da mudança de mentalidade. “Nosso trabalho mostra que esses vira-latinhas merecem a mesma chance de serem parte da família, inclusive ao lado de um cão de raça. Olha só que legal e inclusivo!”, brinca.

“Adotem por amor, para salvar não só o animal, mas também a si mesmo. Afinal, nada melhor do que chegar em casa e ser recebido com alegria”, conclui Ingrid.

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