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Ucrânia: grupo de voluntários ajuda brasileiros que querem deixar o país

Entre um resgate e outro, representante da frente BrazUcra falou com o SBT News sobre a iniciativa

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Inicialmente, a ideia era apenas oferecer abrigo às pessoas que desejavam deixar o país, mas os planos mudaram com o agravamento do conflito | Reprodução/frente_brazucra
Inicialmente, a ideia era apenas oferecer abrigo às pessoas que desejavam deixar o país, mas os planos mudaram com o agravamento do conflito | Reprodução/frente_brazucra

Um grupo de brasileiros tem ajudado a resgatar os conterrâneos que tentam escapar da Ucrânia. A frente BrazUcra vem ofertando caronas, mantimentos, orientação ou mesmo suporte emocional àqueles que enfrentam as dores da guerra.

De dentro de um carro em algum ponto da Ucrânia entre a cidade de Lviv e a fronteira com a Hungria, com sinal de internet instável, a brasileira Clara Martins conversou com o SBT News sobre o trabalho do grupo. Segundo ela, hoje são mais de mil voluntários engajados na iniciativa. O número de pessoas assistidas, contudo, é difícil de estimar. Só na segunda-feira (28), ela própria ajudou cinco pessoas a deixarem o país.

Representante do grupo, Clara Martins conversou com o SBT News de dentro do carro na Ucrânia | Reprodução/SBT News

Clara vive em Leipzig, na Alemanha, e nunca tinha ido à Ucrânia antes da guerra. A brasileira relata que, inicialmente, a ideia era apenas oferecer abrigo às pessoas que desejavam deixar o país. Porém, com o agravamento do conflito e as dificuldades relatadas nas fronteiras, o grupo decidiu prestar assistência na saída de quem busca fugir da guerra.

Além de toda a dificuldade logística, Clara afirma que, nas fronteiras, a preferência para a saída é dada aos ucranianos. Pedestres também têm mais dificuldade para deixar o país. Apesar de buscar preferencialmente brasileiros, a frente BrazUcra também vêm ajudando pessoas de outras nacionalidades, de nigerianos a colombianos, estes, aliás, foram localizados a pedido da embaixada que prestou suporte ao grupo, ao contrário do governo brasileiro.

Na correria para levar ajuda a quem precisa, Clara diz que tenta não pensar nas histórias que ouviu para não chorar e concentra a emoção em atender mais pessoas. Se por um lado há pessoas como ela que se colocam em risco para ajudar, há também quem tente faturar com a guerra. A brasileira relata que já foram criados perfis fakes que pedem doações sem destino claro:

“Na guerra, a gente vê o melhor da humanidade, mas também vê o pior”.

Saiba como ajudar o grupo no perfil @frente_brazucra

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