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Guerra

Russos entram na região de Kiev e bombardeios aumentam na capital

Ministério da Defesa recomendou que os moradores se protejam em locais fechados

• Atualizado

Estadão Conteúdo

Por Estadão Conteúdo

Foto Ilustrativa. Imagem: Governo da Ucrânia | Divulgação
Foto Ilustrativa. Imagem: Governo da Ucrânia | Divulgação

O Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou na manhã desta sexta-feira (25), que as forças russas entraram no distrito de Obolon, a menos de nove quilômetros do centro de Kiev, de acordo com o jornal The New York Times. O ministério também recomendou que os moradores se protejam em locais fechados. As autoridades ucranianas dizem que militares russos estão posicionados no distrito residencial de Obolon, perto do Parlamento Ucraniano, no Centro da cidade.

Os bombardeios também aumentaram nas últimas horas, e puderam ser ouvidos e sentidos em vários pontos da capital ucraniana, relata o enviado especial do Estadão na Ucrânia, Eduardo Gayer. Em sua conta no Twitter, o Ministério do Interior da Ucrânia disse ainda que os moradores devem “preparar coquetéis molotov” para tentar deter os invasores.

As forças russas aproximaram-se de Kiev após avançar rapidamente de três eixos, no Norte, Sul e Leste da Ucrânia. As duas primeiras frentes dirigiam-se à capital no início da ofensiva, segundo autoridades de inteligência ucranianas.

Agências de notícias informam que o ataque começou com helicópteros, pouco antes das 4h locais (23h de Brasília. Sirenes de ataque aéreo soaram sobre a cidade de 3 milhões de habitantes, onde algumas estavam abrigadas em estações de metrô subterrâneas.

Um alto funcionário ucraniano disse que as forças ucranianas defendem a capital em quatro frentes, e estão em menor número. Autoridades ucranianas disseram que um avião russo foi derrubado e colidiu com um prédio em Kiev durante a noite, incendiando-o e ferindo oito pessoas

Ataques continuam também em várias outras cidades ucranianas. Grandes explosões altas foram ouvidas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e a cidade grande mais próxima à fronteira com a Rússia. A prefeitura pediu para a população procurar abrigo.

Em Lviv, no Oeste, sirenes de ataque aéreo soaram. As autoridades relataram fortes combates na cidade oriental de Sumy

Temor da população civil

Em um prédio de dez andares de um conjunto habitacional perto do principal aeroporto de Kiev, uma bomba explodiu pouco antes do amanhecer e deixou uma cratera de dois metros. Um policial disse que as pessoas ficaram feridas lá, mas que não foram registradas mortes.

Civis convocados

O Exército da Ucrânia fez uma convocação para todos os civis se alistarem. “Precisamos de todos os recrutas, sem restrições de idade”, disse uma primeira mensagem publicada em uma rede social A convocação, presumivelmente, vale também para menores de idade, e alcança homens e mulheres. Desde dezembro, todas as mulheres ucranianas “aptas ao serviço militar” entre 18 e 60 anos fazem parte da reserva em tempos de guerra.

Pouco depois, houve uma segunda convocação: “hoje, a Ucrânia precisa de tudo. Todos os procedimentos de adesão são simplificados. Traga apenas seu passaporte e número de identidade”.

O governo encorajou moradores a fazerem coquetéis molotov, enquanto também aconselham outros a procurarem abrigo. “Pedimos aos cidadãos que nos informem sobre os movimentos de tropas, façam coquetéis molotov e neutralizem o inimigo”, afirma um texto.

Queda da capital

Na noite de quinta-feira (24), funcionários do alto escalão do governo dos Estados Unidos afirmaram que acreditam que Kiev poderia cair rapidamente com o avanço das forças russas. De acordo com os setores de inteligência americanos, as forças militares da Rússia, enviadas de Belarus, aproximam-se de Kiev.

Os combates se intensificaram entre a noite de quinta-feira e madrugada de sexta (horário de Brasília), com intenso bombardeio em diversas cidades do país. Sirenes de alerta foram soadas em Kiev e Lviv, e ao menos três soldados da patrulha de fronteira ucraniana foram mortos durante um bombardeio em Zaporizhia.

Moscou vem afirmando reiteradamente que os ataques miram alvos militares da Ucrânia, o que foi contestado pelo presidente Volodmir Zelenski, que afirma que alvos civis foram atingidos durante os bombardeios.

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