‘Yaminah’: padre se recusa a falar nome de criança e causa polêmica
“Yaminah” é de origem árabe e deriva de “Yamin”, que significa “direita” ou “benéfica”
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Um episódio ocorrido em uma paróquia do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro chamou a atenção nesta semana: um padre se recusou a pronunciar o nome “Yaminah” durante o batismo de uma criança. A atitude gerou repercussão nas redes sociais e levantou questionamentos sobre a origem e o significado do nome.
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Em relato à imprensa, os pais David e Marcelle disseram que os documentos foram entregues à igreja e que o curso de padrinhos foi realizado normalmente antes do batizado. Porém, momentos antes, na sacristia da igreja, o padre manifestou a insatisfação com o nome da criança. “Ele disse que não falaria o nome da nossa filha porque não era um nome cristão”. Eles contam que o padre sugeriu acrescentar “Maria” antes do nome da menina, proposta rejeitada por eles.
Por meio de nota a Arquidiocese do Rio de Janeiro afirmou que o batismo foi realizado de acordo com o ritual romano e que o nome da criança só é mencionado em momentos específicos da liturgia. “Os padres podem oferecer orientações sobre nomes, mas que tais recomendações têm caráter apenas aconselhativo e não podem impedir a celebração”, disse.
A Arquidiocese também repudiou qualquer forma de discriminação e reafirmou o compromisso com o diálogo e o respeito à diversidade cultural.
O que significa ‘Yaminah’?
De origem árabe, “Yaminah” deriva de “Yamin”, que significa “direita” ou “benéfica”. Na tradição islâmica, nomes com essa raiz são associados a virtudes e bênçãos, e a forma feminina “Yaminah” é comum em países de língua árabe e em comunidades muçulmanas.
Especialistas em onomástica ressaltam que nomes carregam identidades culturais e espirituais e que respeitar a escolha dos pais é fundamental em sociedades diversas.
O caso provocou debates sobre a aceitação de nomes de origem não cristã em cerimônias religiosas, mostrando a tensão entre tradições culturais e religiosas. Para especialistas, situações como essa reforçam a importância do diálogo e da compreensão entre diferentes crenças, destacando a necessidade de respeitar a pluralidade e a liberdade de expressão em contextos sociais e religiosos.
*Com informações do Metrópoles.
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