Tornado é confirmado em cidade de SC; veja imagens dos estragos
Tornado foi confirmado pela Defesa Civil após análise de radar meteorológico e imagens aéreas
• Atualizado
Na madrugada de segunda-feira (23), uma frente fria que avançou por Santa Catarina provocou danos severos em diversas cidades do Oeste do estado, principalmente devido a fortes rajadas de vento. Em Passos Maia, meteorologistas da Gerência de Monitoramento e Alerta (GEMAL), da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), confirmaram a formação de um tornado na área rural do município.
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De acordo com o relatório técnico divulgado, o fenômeno causou a queda e quebra de árvores e postes, além de destelhamentos em residências e galpões. A confirmação do tornado veio após uma análise detalhada das imagens do radar meteorológico de Chapecó e registros feitos com drone pela coordenadoria regional da Defesa Civil de Xanxerê, que revelaram o padrão típico de danos deixados por esse tipo de fenômeno.
Segundo a SDC, já havia um Aviso Meteorológico em vigor desde a sexta-feira (20), alertando para o avanço da frente fria e o risco alto de ocorrências como chuvas intensas, alagamentos, enxurradas e vendavais com potencial para causar danos à rede elétrica e estruturas. O aviso era válido entre a tarde de domingo (22) e a manhã de segunda-feira (23).
A análise técnica apontou que uma linha de instabilidade se estendia até a região de Abelardo Luz, apresentando ventos intensos. No entanto, ao atingir Passos Maia, uma célula de tempestade nessa linha ganhou força e passou a demonstrar sinais de rotação. O radar meteorológico de Chapecó registrou um “dipolo” no campo de vento uma assinatura característica de tempestades com mesociclone, precursor comum de tornados. Esse dipolo aparece quando ventos se aproximam e se afastam simultaneamente do radar, formando um padrão de rotação.
Além disso, os dados de refletividade indicaram valores superiores a 50 dBZ na região, o que reforça a presença de uma tempestade intensa. Já a análise de correlação apontou a existência de objetos não meteorológicos em suspensão, como destroços levantados pelos ventos. O campo de SWI (Índice de Shear de Vento), por sua vez, também indicava rotação ao longo da tempestade.
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